Conflito aconteceu quando um grupo de civis tentou impedir que os agentes da Guarda Nacional Bolivariana fechassem a passagem para o País
Fotos REUTERS/Ricardo Moraes
Militares venezuelanos abriram fogo contra grupo de civis que tentava manter aberta passagem na fronteira entre a Venezuela e o Brasil. Uma mulher e seu marido foram mortos e ao menos 15 pessoas ficaram feridas, sendo quatro delas em estado grave, segundo as autoridades de Gran Sabana, onde o incidente aconteceu.
O ataque aconteceu nesta manhã (22), quando uma escolta militar teria se aproximado de comunidade indígena de Kumarakapai. Os soldados abriram fogo com balas de borracha e gás lacrimogêneo quando os voluntários tentaram impedir que os veículos fechassem a passagem.
Zorayda Rodriguez, de 42 anos, é a primeira fatalidade de uma operação internacional que tenta levar ajuda humanitária à Venezuela, desafiando o governo de Nicolás Maduro. De acordo com informações do deputado opositor Américo De Grazia, um segundo indígena também teria morrido na ação da Guarda Nacional Bolivariana. Cinco pacientes venezuelanos recebem atendimento no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista, todos feridos por arma de fogo.
Soldados da Guarda Nacional Bolivariana impedem a passagem de pessoas na fronteira da Venezuela com o Brasil
Respaldo. Após a denúncia de violenta repressão a comunidades indígenas próximas à fronteira entre Venezuela e Brasil, o presidente Nicolás Maduro publicou vídeo anunciando total respaldo à ação dos militares. No Twitter, o líder venezuelano escreveu que oficiais da Força Armada Nacional Bolivariana estão espalhados pelo país para “garantir a paz e a defesa integral” da Venezuela.
Nuestra #FANB está desplegada en el territorio nacional para garantizar la paz y la defensa integral del país. Todo mi respaldo a las REDI y a las ZODI. Máxima moral, máxima cohesión y máxima acción. ¡Venceremos! pic.twitter.com/Pd5XM32tA0 — Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) 22 de fevereiro de 2019
*Fonte: Estadão e O Globo