Foto/Reprodução/Palácio Miraflores / Reuters
Em discurso, Maduro solicitou que o presidente colombiano, Iván Duque, e o americano, Donald Trump, parassem de "loucura"
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, anunciou hoje (21) que fechará a fronteira com o Brasil e avalia fazer o mesmo com a divisa da Colômbia. A decisão ocorre dois dias após a oposição venezuelana começar uma operação com auxílio dos dois países vizinhos e dos Estados Unidos para entregar ajuda humanitária à Venezuela.
“Decidi que, no sul da Venezuela, a partir das 20h (21h de Brasília) fica fechada completamente a fronteira com o Brasil, até segunda ordem”, afirmou o presidente após reunião com alto comando militar em Caracas.
No que diz respeito à Colômbia, Maduro disse que estudar medida similar e afirmou que o armazenamento de ajuda humanitária é uma “provocação barata”.
Pela manhã, o deputado opositor venezuelano Américo De Grazia, da Assembleia Nacional, afirmou nas redes sociais que Maduro enviou veículos militares blindados para a cidade de Santa Elena de Uairén, a 12 km da fronteira com o Brasil, para impedir a entrada de ajuda humanitária no país a partir da cidade de Pacaraima, em Roraima.
El #Usurpador toma militarmente #StaElenaDeUairen para impedir la entrada de la #AyudaHumanitaria a los #Vzlanos. No obstante los pueblos Indígenas Pemones de #LaGranSabana junto a la Alcaldía y los Ciudadanos, harán realidad la solidaridad. @jguaido Presidente. pic.twitter.com/VorLrSKnm2— Americo De Grazia (@AmericoDeGrazia) 20 de fevereiro de 2019 Nesta semana, o governo brasileiro garantiu que articulará uma força tarefa na fronteira com a Venezuela para ajudar na entrega de ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos e em coordenação com a oposição venezuelana. Hoje, o chanceler Ernesto Araújo esteve reunido com o governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), possivelmente para discutir os detalhes do plano que o governo chamou nesta semana de “aproximação logística de Pacaraima”.
*Com informações da Agência EFE, Reuters e do Jornal Estadão