POLÍTICA

Com oito votos contra, Câmara de Uberaba rejeita pedido de cassação de Piau

Votação foi realizada durante a sessão desta manhã

Publicado em 18/02/2019 às 11:53Atualizado em 17/12/2022 às 18:16
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Oito vereadores votaram contra o pedido de cassação do prefeito Paulo Piau, acusado de crime de responsabilidade, nesta manhã (18), durante sessão da Câmara Municipal de Uberaba. São eles: Agnaldo Silva (PSD), Chiquinho da Zoonoses (MDB), Cleomar Barbeirinho (PHS), Elias Divino (PHS), Ismar Marão (PSD), Ronaldo Amâncio (PTB), Rubério Santos (MDB), Samuel Pereira (PR). 

Os vereadores que votaram a favor do pedido de impeachment foram Alan Carlos (Patri), Almir Silva (PR), Denise da Supra (PR), Fernando Mendes (PTB), Kaká Carneiro (PR), Thiago Mariscal (MDB).

Em entrevista à Rádio JM 95,5 FM após o fim da votação, o advogado e ex-secretário Vicente Araújo Neto, responsável por protocolar o pedido de cassação de Piau,  considerou o resultado apertado e garantiu que prosseguirá com ação popular. “Faltaram dois votos para a denúncia. Infelizmente, a Câmara não fez o papel dela. Na verdade, eu poderia ter recorrido direto ao Judiciário, mas eu quis ir à casa do povo primeiro para que eles dessem transparência e abrissem a investigação perante à sociedade, o que infelizmente eles não quiseram. Agora, temos esse remédio jurídico, que é a ação popular”, afirma. 

Leia também: Luiz Neto antecipa entrega de documentos da Codau para Promotoria de Justiça Prefeito pede apuração interna da Controladoria do Município

Controladoria-Geral do Município abrirá sindicância para apurar denúncias sobre irregularidades em aluguel da sede da Codau. A determinação partiu do prefeito Paulo Piau (MDB), que afirma estar tranquilo com eventual investigação do Ministério Público dos questionamentos apontados pelo advogado Vicente Araújo.

Piau afirma que solicitou a abertura da sindicância interna na última sexta-feira (15), antes mesmo de a Câmara deliberar sobre o pedido de impeachment. “É como a gente age em todos os casos quando tem uma dúvida. A Controladoria abriu o procedimento para verificar e ajudar no que for possível a promotoria, como inclusive já foi feito em outras situações”, disse, relembrando a farra dos plantões.

Além disso, o prefeito declara que protocolou ontem um requerimento no Ministério Público para a apuração da denúncia referente a irregularidades na locação da sede da Codau. “Não temos medo das investigações. Temos medo é das instituições serem usadas para outros fins, como tentaram agora: fazer palanque para eleições 2020”, argumenta.

Piau acusa a denúncia de ter sido uma manobra da oposição com vistas às eleições do próximo ano e manifesta que não há embasamento para um pedido de impeachment. Segundo ele, o trâmite normal seria solicitar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito ou mesmo entrar com uma ação popular para averiguação de atos administrativos.

Para o prefeito, a Câmara mostrou o mesmo entendimento ao não acatar o pedido de impeachment. “Não esperava outra coisa porque é improcedente. O Legislativo agiu dentro do regulamento e de forma correta”, disse.

Quanto aos seis vereadores favoráveis a abertura do processo, Piau alfineta: “Acho que não tiveram tempo de ler a peça da denúncia e não prestaram atenção no relatório jurídico da Câmara, que é técnico. Acho que foi displicência deles, não vejo de outra forma. Para ser vereador, tem que estar atento a decisões que tomam”. (Gisele Barcelos)

 

Sessão foi presidida por Ismar Marão; doze vereadores estiveram em plenário

Advogado Vicente Araújo Neto, autor do pedido de impeachment, acompanhou a sessão

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