POLÍTICA

Em mês de recesso, deputados contratam 124 assessores

O parlamentar recordista é mineiro; trata-se do suplente Gustavo Mitre, que colocou 22 secretários em seu gabinete

Publicado em 14/01/2019 às 07:51Atualizado em 17/12/2022 às 17:15
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A menos de um mês para o fim do atual mandato, deputados federais que não se reelegeram nomearam 124 assessores para trabalhar em seus gabinetes na Câmara. Segundo levantamento do Estado de Minas, a maioria das contratações (74) foi feita por suplentes que assumiram no início do mês e ficarão no cargo somente até o dia 31. As nomeações foram publicadas nas edições do Diário Oficial da União (DOU) do dia 2 até sexta-feira (11).

Além disso, no curto período em que ficarão nos gabinetes, os assessores não terão muito o que fazer, até porque a Câmara está em recesso, sem atividades ou votações em plenário e em comissões. Ainda, a maioria dos deputados está fora de Brasília.

Nesta época, é comum parlamentares darem férias para os funcionários e manterem uma estrutura mínima na Casa para serviços como atendimento ao público.

O cargo de secretário parlamentar é de confiança e cada deputado é livre para escolher quem quiser. Cada parlamentar pode nomear até 25 assessores, que podem trabalhar em Brasília ou no estado do eleito, com salários variando entre R$ 980,98 e R$ 15.022,32.

O recordista de nomeações é mineiro. Trata-se do suplente Gustavo Mitre (PHS-MG), que assumiu a vaga no lugar de Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), nomeado como ministro do Turismo. Mitre colocou em seu gabinete 22 secretários parlamentares e, segundo ele, os assessores nomeados haviam sido exonerados no fim do ano passado, quando o Marcelo Álvaro Antônio renunciou ao mandato.

“Resolvi trabalhar neste mês, mesmo sendo recesso, porque queria tentar de fato ser um bom representante e deixar o meu eleitor orgulhoso”, disse Mitre, que em fevereiro trocará a Câmara pela Assembleia Legislativa de Minas, para onde foi eleito. Ele tem usado seu mês como deputado federal para tentar fazer contatos em ministérios.

Remuneração. Além do salário proporcional aos dias trabalhados, os assessores nomeados terão direito a benefícios como auxílio-alimentação e auxílio-transporte. Ao fim do período, também receberão os pagamentos referentes a férias e 13.º salário proporcionais. Ao todo, 40 deputados que não se reelegeram ou nem sequer concorreram em outubro nomearam assessores desde o início deste mês.

Fonte: Estado de Minas

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