POLÍTICA

Direção do Hélio Angotti revela na CMU medidas para equacionar endividamento

Representantes da direção do Hospital Doutor Hélio Angotti estiveram no plenário

Marconi Lima
Publicado em 18/09/2018 às 22:40Atualizado em 17/12/2022 às 13:36
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Rodrigo Garcia

Direção do Hospital Doutor Hélio Angotti esteve ontem na Câmara Municipal para prestação de contas

Representantes da direção do Hospital Doutor Hélio Angotti (HHA) estiveram no plenário da Câmara Municipal de Uberaba (CMU), onde realizaram prestação de contas da gestão. O presidente da instituição, Délcio Scandiuzzi, e o superintendente Felipe Toledo Rocha destacaram que, ao assumir o cargo, o hospital enfrentava grandes dificuldades, com R$62 milhões de dívidas trabalhistas, tributárias, de fornecedores e de médicos. Uma situação que provocava transtornos diários, com bloqueios fiscais, tributários, bloqueio de contas e execuções trabalhistas, pressionando cada vez mais o caixa do hospital.

De acordo com Felipe Toledo, à época estavam com uma torre inteira fechada, apenas três das seis salas do bloco cirúrgico operando e com o número de pacientes de quimioterapia e hormonioterapia extremamente baixo para o histórico de funcionamento do hospital. Para ele, tudo isso foi um reflexo da crise que assolou o país. Além disso, a administração do HHA começou a perceber a evasão de pacientes, tanto de Uberaba como de outros municípios, que começaram a procurar atendimentos em outros locais, como Barretos (SP), por exemplo, uma vez que o hospital não tinha condições de atender no tempo que o tratamento exige.

Outro problema, de acordo com o médico, é que as doações, que sempre foram um grande apoio na causa do câncer, despencaram, impactando ainda mais negativamente no caixa do hospital. Além disso, o HHA gastava R$1,2 milhão a mais por mês, elevando muito o déficit operacional.

O superintendente avaliou que a gestão é um trabalho discreto, recordando que em um período de dois anos conseguiram sair de um passivo descontrolado de R$62 milhões para R$42 milhões equacionados e R$22 milhões ainda para serem equacionados, como dívidas com médicos e contratos com material e equipamentos que não podem faltar.

Ele ainda informou que o HHA aderiu ao Programa Especial de Regularização de Dívidas Tributárias, também chamado de “Refis da crise”. “Nós tínhamos aproximadamente R$3 milhões de passivos tributários, que estão inscritos de 2014 até 2017, e com isso conseguimos regularizar, com a ajuda o programa”, explicou.

Com o financiamento dos R$3 milhões, o hospital paga hoje uma parcela mensal de R$11 mil. Felipe Toledo mencionou outras medidas que possibilitaram reduções nos gastos, inclusive da folha de pagamento. “As renegociações das dívidas foram fundamentais”, avaliou o médico. 

Os diretores do HHA estiveram na CMU a convite do vereador Fernando Mendes (PTB).

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