POLÍTICA

Centrão discute alianças estaduais e campanha com Ciro e Alckmin

No encontro de sábado, 14, os líderes do centrão foram mais objetivos ao discutir questões como alianças nos estados

Publicado em 16/07/2018 às 07:36Atualizado em 17/12/2022 às 11:34
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Ciro Gomes é crítico da reforma trabalhista, aprovada com o apoio dos partidos do bloco

A cúpula do chamado centrão – bloco cujo núcleo duro é formado por DEM, PP, SD e PRB – sabatinou no sábado, 14, o pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes (CE), e teria conversas individuais nesse fim de semana com o presidenciável tucano, Geraldo Alckmin (SP), para definir quem apoiará na disputa pelo Palácio do Planalto.

A ideia é tomar uma decisão até quinta-feira, 19, véspera do início das convenções partidárias que definirão os rumos das legendas na eleição.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os presidentes do DEM, ACM Neto; do PP, Ciro Nogueira; do Solidariedade, Paulinho; da Força e do PRB, Marcos Pereira, reuniram-se em São Paulo na casa do empresário Benjamin Steinbruch, filiado ao PP.

Integrantes do grupo ponderaram que com Alckmin a conversa flui mais automaticamente, mas que com Ciro, apesar do discurso sedutor, é preciso esmiuçar pontos de divergência. O pré-candidato, por exemplo, é crítico da reforma trabalhista, aprovada com o apoio dos partidos do bloco.

No encontro de sábado, 14, os líderes do centrão foram mais objetivos ao discutir questões como alianças nos estados, condições de campanha e postos como a presidência da Câmara, cargo que Maia quer ocupar pela terceira vez.

Maia, Nogueira e Paulinho defendem apoio a Ciro, enquanto Marcos Pereira e Neto querem fazer mais análises antes de bater o martelo.

O grupo ainda tenta atrair o PR, partido que, sozinho, tem em torno de 45 segundos de tempo de TV. O bloco, sem o PR, tem dois minutos e 11 segundos. Por isso, há um grande esforço para trazer o partido de Valdemar Costa Neto. A preferência dele terá grande influência na hora de se bater o martelo sobre que candidato apoiar.

Sozinho, Alckmin tem um minuto e 11 segundos de TV. Se confirmada a aliança com o PSD, PTB, PV e PPS, o tucano chegará a dois minutos e 53 segundos. Com o tempo do blocão, chegaria a cinco minutos e quatro segundos ou até a cinco minutos e 49 segundos, caso o PR entre na campanha.

Ciro tem hoje, sozinho, 25 segundos. Se fechar aliança com o PSB, vai a um minuto e dez segundos. Com o blocão, vai a três minutos e 21 segundos, podendo chegar a quatro minutos e seis segundos se o PR aderir ao grupo.

O PSC (17 segundos) pode integrar oficialmente o centrão, nos próximos dias. O PHS (sete segundos) participou de uma reunião do grupo na quarta-feira, 11, e também pode engrossar o bloco que quer crescer para aumentar seu poder de barganha.

A título de comparação, o PT, sozinho, tem um minuto e 27 segundos. O MDB tem um minuto e 26 segundos. (Daniel Carvalho)

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