POLÍTICA

Câmara presta homenagem a sargento da PM assassinado durante assalto

Os vereadores da Câmara Municipal de Uberaba prestaram homenagem ao sargento reformado Gilmar de Oliveira

Publicado em 23/03/2018 às 07:24Atualizado em 16/12/2022 às 05:21
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Rodrigo Garcia

Vereador Ismar Marão, que é policial civil, apresentou requerimento de pêsames, que foi assinado pelos demais parlamentares

Os vereadores da Câmara Municipal de Uberaba prestaram homenagem ao sargento reformado Gilmar de Oliveira, morto com um tiro na cabeça durante assalto na madrugada de quarta-feira (21). O vereador Ismar Vicente dos Santos “Marão” (PSD) apresentou o requerimento de pêsames, que foi assinado pelos demais parlamentares.

Ismar lembrou que há vários anos Gilmar lutava contra um câncer. “Ele foi mais uma vítima da violência que ele tanto combateu, em mais de 30 anos trabalhando como policial”, afirmou o autor da homenagem. O vereador, que também é policial civil, demonstrou indignação com o crime, que tirou a vida do militar.

Para o delegado aposentado e presidente da CMU, Luiz Dutra (MDB), o Brasil está se transformando em uma terra sem lei, como o velho-oeste. Ele disse que pretende fazer uma moção de aplausos em nome de todos os vereadores, para homenagear os policiais militares e civis que agiram na captura dos marginais responsáveis pelo latrocínio. “Todos precisam ter o direito de ir e vir, e se não mobilizar todas as forças policiais, os poderes constituídos, principalmente o Poder Judiciário, colocando estes meliantes na cadeia, as coisas vão ficar cada vez pior”, avaliou Dutra.

O presidente também defendeu que a polícia precisa ter condições de trabalhar e espera uma resposta das autoridades. “Hoje foi ele, amanhã pode ser qualquer outra pessoa, qualquer cidadão de bem”, concluiu Dutra. Ismar fez questão de lembrar que o policial pensa duas vezes antes de atirar, porque tem receio da represália que vem depois, enquanto o marginal não pensa, atira por qualquer coisa.

O vereador Almir Silva (PR) também se manifestou. Ele criticou a falta de apoio que o sargento teve durante sua batalha contra o câncer. “Ele contribuiu a vida toda e na hora que precisou não teve o retorno que precisava. Precisou procurar a Justiça, depender de ajuda e de vaquinhas para conseguir fazer o tratamento”, afirmou. Almir ainda falou sobre a inversão de valores, onde os bandidos têm mais direitos que as pessoas de bem. “A população precisa apoiar a polícia quando aborda suspeitos nas ruas, porque bandido não tem cara”, defendeu. Segundo o vereador, “a polícia precisa poder trabalhar, precisa ter autoridade e respeito”.

O vereador Antônio Ronaldo Amâncio (PTB) afirmou que as pessoas precisam ter mais Deus no coração, enquanto a vereadora Denise Max “Denise da Supra” (PR) tem a expectativa de que integrantes dos direitos humanos procurem a família do policial, que também era professor de química.

O sepultamento do sargento Gilmar aconteceu na manhã de ontem no cemitério São João Batista.

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