POLÍTICA

Participantes de audiência cobram mais alternativas para abastecer a cidade

Projeto da represa no rio Uberaba recebeu poucas críticas, mas participantes cobraram do Codau a busca de mais alternativas

Gisele Barcelos
Publicado em 17/10/2017 às 08:44Atualizado em 16/12/2022 às 09:46
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Sandro Neves

ONGs e autoridades, além de pessoas da comunidade, participaram ontem da audiência pública para discutir o projeto da represa no rio Uberaba

Em audiência pública realizada ontem, projeto da represa no rio Uberaba recebeu poucas críticas, mas participantes cobraram do Codau a busca de mais alternativas para assegurar o abastecimento da cidade. Captação no rio Araguari e medidas para a recuperação das nascentes da região foram ações reivindicadas no evento.

Para o empresário Marcelo Augusto Carvalho de Oliveira, a busca de outras fontes de abastecimento continuará sendo necessária mesmo com a implantação da represa. Ele posicionou que a área alagada ainda será próxima ao trajeto da ferrovia e um acidente como ocorreu em 2003 poderia novamente contaminar a água, resultando em corte da distribuição. “Um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar. Três fontes de abastecimento são melhores que uma”, ressaltou.

Já o ambientalista Ricardo Urias, da ONG Geração Verde, declarou na audiência que a implantação da barragem pode diminuir a vazão do rio Uberaba e cobrou do Codau ações para recuperar as nascentes da região. “Até 2013, tínhamos 14 nascentes perto de Santa Rosa. Hoje elas não são mais perenes. Não houve trabalho nenhum. Temos que preocupar com essa questão”, contesta.

Por outro lado, ao avaliar especificamente o projeto da barragem e o plano de contenção do impacto ambiental, o promotor Carlos Valera não apresentou objeções. Ele não acredita que existem impedimentos para dar seguimento ao processo e emitir a licença de instalação da obra. “Não identificamos até agora qualquer irregularidade”, posiciona.

De acordo com o representante do Ministério Público, o projeto discutido ontem atendeu aos critérios estabelecidos na legislação ambiental. “Toda obra representa um dano ambiental. O que temos que fazer é construir estratégias para mitigar e reparar os danos identificados. Pelas propostas do que será realizado durante o empreendimento, os dados serão mitigados”, encerra.

A previsão do Codau é começar as obras da barragem ainda no segundo semestre deste ano. Equipes já estão mobilizadas para realizar a montagem do canteiro de obras e os serviços iniciais para a preparação do terreno, porém a autarquia aguarda a finalização do processo de licenciamento para dar início ao serviço.

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