Foto/Rodrigo Garcia/CMU
Luiz Dutra, presidente da Câmara, disse que há tempo para apreciar melhor o projeto, que já esperou até agora
Sem consenso entre os vereadores ontem, a votação do projeto de lei referente ao modelo de gestão do Restaurante Popular foi adiada para setembro. A intenção do líder do Executivo, Almir Silva (PR), era incluir a matéria na pauta de hoje, porém os parlamentares levantaram dúvidas em plenário e, como nesta quarta-feira será a última sessão de agosto para votação de projetos, a discussão ficará para o próximo mês.
Rejeitando a inserção do projeto do restaurante na pauta, o presidente da Câmara, Luiz Humberto Dutra (PMDB), posicionou que existe um prazo regimental de tramitação para as propostas recebidas pelo Legislativo. Ele salienta que a matéria só foi distribuída na segunda-feira (21) e os parlamentares precisam analisar o texto, principalmente os vereadores que assumiram mandato este ano. “É preciso ter tempo para que os vereadores conheçam o projeto com mais profundidade. Não vai trazer nenhum prejuízo; já esperamos até agora”, argumenta.
O peemedebista ainda defende que o projeto flexibiliza a lei referente ao restaurante para permitir a terceirização da gestão. Ele afirma não ser contrário ao modelo, mas declara que é necessário esclarecimento da Prefeitura sobre como será o sistema.
Já o líder do prefeito na Câmara analisou que a postura atrasará novamente o início de funcionamento do restaurante, mas disse que compreende o pedido dos demais vereadores por mais informações antes da votação. “O processo é democrático. Temos 14 cabeças e é necessário respeitar. Se tem dúvidas, vamos esclarecer. Nenhum projeto será votado no atropelo, mas acho que a comunidade perde quando a gente atrasa na votação porque está tudo pronto”, declara.
Almir informa que uma reunião já está programada nesta quinta-feira (24) com o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Túlio Cury, para detalhar como será o funcionamento do restaurante. Ele espera que a conversa resolva o impasse criado desde o ano passado, quando os vereadores rejeitaram a proposta que permite a terceirização da gestão. “O que não pode é a gente mais uma vez protelar com o restaurante e a cozinha prontos”, alfineta.
Além disso, o republicano rebateu críticas dos outros parlamentares e voltou a defender que o projeto não significa a terceirização da gestão. Ele afirma que o texto é claro e apenas amplia as alternativas para o gerenciamento da unidade. “Não está definido. Pode ser administrado diretamente, de forma semidireta ou indiretamente. Quem vai definir é a Prefeitura após a análise de custos”, encerra.