Professores do município aprovam em assembleia greve a partir de 2ª

Jairo Chagas

Cerca de 60 professores estiveram na assembleia ontem, quando se decidiu pela deflagração de greve a partir de segunda-feira (27)

Sem reajuste salarial e aumento do tíquete-alimentação, professores da rede municipal aprovaram greve por tempo indeterminado em assembleia ontem. Ofício será encaminhado à Prefeitura para comunicar sobre a decisão. Os educadores paralisam as atividades a partir de segunda-feira (27).

Cerca de 60 profissionais participaram da assembleia. De acordo com o presidente do Sindemu (Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba), Adislau Leite, duas propostas foram apresentadas à categoria: a deflagração de greve imediata, que venceu com 60% dos votos; ou a realização de um movimento antes da greve, que teve 40% dos votos. Leite informa que a decisão será comunicada nesta quarta-feira (22) à Prefeitura, obedecendo ao prazo de 72 horas de antecedência para deflagração da greve. “Vamos cumprir todos os critérios legais para não ter qualquer impedimento na Justiça ao movimento”, pondera.

O sindicalista declara que já foi formado ontem um comando de greve para definir até o fim desta semana estratégias para a mobilização da categoria e atividades para serem realizadas ao longo dos dias de paralisação. “Temos que conscientizar não só os profissionais para aderir ao movimento, mas também os pais dos alunos para nos apoiarem”, ressalta.

Com a greve, a categoria busca pressionar o governo municipal e avançar na negociação salarial este ano. Os professores apresentaram pauta com 19 itens, incluindo reajuste de 16,04% em 2017 e aumento do tíquete-alimentação para R$600. A Prefeitura negou os pedidos e justificou dificuldade financeira. Adislau afirma que, além de reivindicar o reajuste, a greve também servirá para protestar contra as reformas do sistema previdenciário e das leis trabalhistas.