POLÍTICA

Garotinho e Rosinha são presos pela PF nesta manhã

Publicado em 22/11/2017 às 10:52Atualizado em 16/12/2022 às 08:52
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 Agência O Globo

O então candidato Anthony Garotinho (PR) votou ao lado de Rosinha, em Campos; os dois foram presos nesta manhã acusados de arrecadação de recursos de forma ilícita para financiarem suas campanhas

Polícia Federal cumpre nesta manhã (22) mandados de prisão preventiva contra Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, ambos do PR. Os ex-governadores do Rio de Janeiro são acusados de integrarem uma organização criminosa ao lado de outras seis pessoas que arrecadava recursos de forma ilícita com empresários, a fim de financiar as campanhas eleitorais próprias e também de aliados, inclusive fazendo uso de extorsão. O casal foi preso em Campos e levado à Superintendência da PF naquela cidade. Além deles, o ex-secretário de governo de Rosinha também é um dos alvos da operação; há, ainda, mandado de prisão contra o ex-ministro dos Transportes Antônio Carlos Rodrigues, presidente nacional do PR, suspeito de ter intermediado repasse ilícito à campanha do ex-governador em 2014.

Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Glaucenir de Oliveira, titular da 98ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Garotinho e Rosinha são acusados ainda de corrupção passiva, extorsão, lavagem de dinheiro e pelo crime eleitoral de omitir doações nas prestações de contas.

Posicionamento. Em nota distribuída por sua assessoria de imprensa, o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, atribui a sua prisão e a de sua mulher, a ex-governadora Rosinha Garotinho, a uma perseguição que, explica, vem sendo vitima desde que denunciou o esquema do ex-governador Sérgio Cabral na Assembleia Legislativa do Rio. Com o título “Querem Calar o Garotinho mais uma vez”, a nota destaca que quem assinou o pedido de prisão foi o juiz Glaucenir de Oliveira, “o mesmo que decretou a primeira prisão de Garotinho no ano passado, logo após ele ter denunciado [o desembargador] Luiz Zveiter à Procuradoria Geral da República”.

Saud. Uma das pontas do esquema foi revelada pelo delator Ricardo Saud, então diretor da JBS. Em depoimento à PF no dia 24 de agosto, ele afirmou ter repassado R$ 2,6 milhões, via caixa dois, à campanha de Garotinho ao governo do estado em 2014. Segundo Saud, o dinheiro da JBS fazia parte de um montante de R$ 20 milhões usados pela empresa para comprar o apoio do PR ao PT na eleição daquele ano. Os recursos representavam uma “poupança” referente a benefícios irregulares conquistados pela empresa, como linhas de crédito no BNDES. Segundo apontou o Ministério Público, o esquema funcionou nas eleições de 2010, 2012, 2014 e 2016. Além de Saud, outro delator revelou a conexão do esquema com a JBS – André Luiz da Silva Rodrigues, sócio da Ocean Link, empresa que assinou contrato de fachada com a JBS para que o dinheiro chegasse à campanha de Garotinho.

*Com informações de O Globo e Agência Brasil

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