Representantes de entidades de servidores, principalmente da segurança pública, criticam o governo do Estado por atrasar o repasse de parcelas devidas às instituições financeiras que concederam empréstimos consignados. Essa omissão do governo, segundo eles, tem provocado a inclusão do nome de vários servidores em cadastros de inadimplentes.
A questão foi debatida pela Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), atendendo à solicitação do deputado Sargento Rodrigues (PDT). Na ocasião, representantes de policiais e bombeiros militares e de policiais civis informaram que entrarão com ações judiciais exigindo a regularização dos pagamentos.
O presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra-MG), Marco Antônio Bahia, disse que a entidade tem orientado os atingidos a entrarem com ações de danos morais e materiais contra o governo e as instituições bancárias que os negativaram. “O servidor pagou a parcela do empréstimo; quem não repassou às instituições bancárias foi o Estado. E elas sabem disso. Não podemos pagar pelo erro do governo”, reclamou. O dirigente sugeriu que a ALMG procure o Ministério Público solicitando que o órgão acione o governo por apropriação indébita.
Polícia Civil. Representantes da Polícia Civil denunciaram que o governo também tem atrasado repasses de contribuições devidas aos sindicatos dos servidores (Sind-Pol) e dos delegados (SindepoMinas). O presidente do Sind-Pol, Denilson Martins, afirmou que a justificativa do governo de não ter dinheiro não o convence. "Houve incremento de 23% na receita de agosto de 2017 em relação ao mesmo mês do ano passado”, apontou. Ele reclamou que muitos policiais estão se desfiliando porque acham que a inadimplência é culpa do sindicato. Ele pediu aos deputados que exerçam seu poder neste caso.