POLÍTICA

Governo de Minas deve colocar à venda a Cidade Administrativa

A obra da Cidade Administrativa foi entregue em março de 2010 a um custo de R$1,3 bilhão, o dobro do valor inicialmente previsto

Marconi Lima
Publicado em 26/07/2017 às 12:02Atualizado em 16/12/2022 às 11:45
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Após sanção da lei que criou seis fundos de investimentos no Estado de Minas Gerais, a “Cidade Administrativa”, obra construída no governo Aécio Neves/Anastasia (PSDB) para abrigar os órgãos da administração pública estadual, deve ser um dos primeiros imóveis públicos a serem colocados à venda.

De acordo com o portal de notícias UAI, o governo de Minas aponta que, só nos últimos três anos, foram gastos R$339.682.272,45 para manter o complexo funcionando. Segundo a Secretaria de Planejamento e Gestão, o gasto total com a manutenção em 2016 foi de R$98.820.567,91.

A obra da Cidade Administrativa foi entregue em março de 2010 a um custo de R$1,3 bilhão, o dobro do valor inicialmente previsto. Ex-executivo da Odebrecht, Sérgio Neves afirmou em depoimento de acordo de delação premiada que, em 2007, Oswaldo Borges da Costa, então presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), acertou com empreiteiras o pagamento de propina para o senador Aécio Neves, à época governador do Estado, por conta da construção da Cidade Administrativa. Segundo consta em inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), a propina seria 3% sobre o valor das obras da Cidade Administrativa, complexo em Belo Horizonte que funciona como sede do governo de Minas. Em nota, Aécio negou ter solicitado propina na construção da obra.

Críticas. Em março deste ano o governador Fernando Pimentel (PT) chegou a criticar a Cidade Administrativa pela “despesa enorme” que o imóvel representa. O líder da minoria na Assembleia de Minas, deputado Gustavo Valadares (PSDB), que era da base do governo Aécio, diz que um prédio que atende hoje toda a capacidade administrativa do Estado traz também gasto com manutenção, isso está calculado no custeio administrativo. Para o parlamentar, a atual administração não quer enxergar os benefícios porque não foram eles que construíram a sede ou não entendem de gestão.

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