POLÍTICA

Vereadores temem colapso nas contas do Ipserv no período de até 20 anos

A direção do instituto não admite riscos nos pagamentos dos benefícios, pelo contrário, fala em liquidez do Ipserv

Marconi Lima
Publicado em 24/04/2017 às 07:44Atualizado em 16/12/2022 às 02:24
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Foto/Arquivo

Wellington Gaia não admite riscos nos pagamentos dos benefícios, pelo contrário, fala em liquidez do Ipserv

Visita do presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (Ipserv), Wellington Gaia, e de técnicos da instituição à Câmara de Vereadores, gerou discussão após encontro ocorrido no Plenário. Alguns parlamentares admitem a possibilidade de um colapso nas contas do Ipserv.

A direção do instituto não admite riscos nos pagamentos dos benefícios, pelo contrário, fala em liquidez do Ipserv. O consultor Júlio Machado explicou durante a participação no Legislativo, que em 2009 foi feita a segregação de massa. Dividiu os servidores em dois planos: Plano Financeiro, destinado aos funcionários admitidos até 31 de dezembro de 1995 (não é um plano acumulativo e o giro de receita é usado apenas para despesas); e o Plano Previdenciário, onde estão lotados os servidores admitidos após 1º de janeiro de 1996 (plano de capitalização).

O Plano Financeiro, por ser de repartição simples, a receita não está sendo suficiente para cobrir as despesas. Segundo a legislação, quando isso acontece, o ente (no caso a Prefeitura) é responsável para cobrir essa insuficiência financeira.

Sendo assim, salientou que hoje a Prefeitura é responsável por aportar mensalmente R$2 milhões, além das contribuições patronais para cobrir estas despesas. Já no Plano Previdenciário, ressaltou que a instituição tem uma reserva financeira de R$270 milhões.

Autor do convite aos dirigentes do Ipserv, o vereador Rubério Santos (PMDB) questionou sobre a possibilidade do instituto, em breve, não conseguir honrar os compromissos previdenciários.

O consultor Júlio Machado disse que a liquidez do instituto, de R$ 270 milhões, é maior do que o déficit atuarial de R$183 milhões. “Isso garante os pagamentos por pelos menos uns 15 a 20 anos”, ressaltou.

Rubério Santos disse que há indicativos que reforçam a fala do secretário de Fazenda, Wellington Fontes, quando afirmou que o Ipserv poderia ter seus pagamentos comprometidos até 2025.

“Os dirigentes do Ipserv, quando vieram a plenário, disseram que estão em busca de soluções para o déficit a longo prazo. Que a médio prazo não haveria déficit. Mas, então há risco de comprometimento dos pagamentos dos benefícios. Temos que ficar atentos a isso”, destacou Santos.

No Plano Financeiro do Ipserv, há 1.243 aposentados e 222 pensionistas, o que representa uma folha de pagamento de aproximadamente R$3,5 milhões. Já no Plano Previdenciário há 290 aposentados e 52 pensionistas, cuja folha fica em torno de R$790 mil.

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