POLÍTICA

Relação do “Acorda Uberaba” e CMU estremece após proposta de projeto

A metade desses recursos daria para custear o projeto piloto de monitoramento por câmeras de 88 bairros, ao custo de R$180 mil, dentro de uma Área Integrada de Segurança Pública (Aisp)

Marconi Lima
Publicado em 19/02/2017 às 09:38Atualizado em 16/12/2022 às 15:04
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Enquanto duraram as manifestações contra o PT e o governo Dilma Rousseff (PT) e os pedidos pelo impeachment, a relação entre o movimento Acorda Uberaba, que organizou essas iniciativas na cidade, e a Câmara de Vereadores era como uma lua de mel. Os líderes do movimento, entre eles o ex-vereador Marcelo Borjão (PR), eram festejados em plenário a cada movimentação que era organizada na cidade em prol do impeachment da ex-presidente Dilma. Aplausos e discursos elogiosos eram constantes a cada ida do movimento ao Legislativo.

No fim do ano passado, o movimento lançou uma sugestão de projet vereador solidário. Segundo a organização, a principal proposta do projeto é a obtenção de recursos para o Fundo de Segurança Municipal, que será destinado a combater a violência na cidade com medidas de prevenção e repressão.

Ainda conforme o “Acorda Uberaba”, esta verba será obtida pela adesão dos vereadores a programa de redução não só de seus próprios proventos, mas também de seus gastos com assessoria.

No entendimento do movimento, que postou vídeo nas redes sociais sobre o projeto “Vereador Solidário”, a Câmara Municipal gastou R$25 milhões em 2016 e que cada vereador conta com R$30 mil/mês para pagar 16 assessores. A metade desses recursos daria para custear o projeto piloto de monitoramento por câmeras de 88 bairros, ao custo de R$180 mil, dentro de uma Área Integrada de Segurança Pública (Aisp), para combater a crescente crise de segurança pública.

Reação. Na legislatura passada, os vereadores rechaçaram o projeto. A relação com o movimento azedou. E na primeira semana de reuniões ordinárias da atual Legislatura o presidente da Câmara, vereador Luiz Dutra (PMDB), voltou à carga contra o movimento. O parlamentar disse que a proposta é ilegal. A exemplo do que foi sugerido ano passado, o entendimento é que os recursos para qualquer iniciativa para Segurança Pública devem ser do próprio orçamento do município. “E todos nós sabemos que a obrigação pela Segurança Pública é do Estado”, frisou Dutra.

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