POLÍCIA

Operação do Gaeco investiga corrupção ligada ao agronegócio em Uberaba

Publicado em 31/07/2020 às 10:13Atualizado em 18/12/2022 às 08:19
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Fotos/Divulgação

Falsificação de documentos públicos - Guias de Trânsito Animal (GTA) e notas fiscais de compra e venda de gado - e inserção de dados falsos em sistemas de informações é alvo nesta manhã de operação do  Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e as Polícias Civil, Militar, o Núcleo de Acompanhamento Criminal, em conjunto com as unidades do 4º BPM e 67º BPM e DEPEN, em Uberaba. 

A Operação Cafezinho, também investiga reiteradas práticas de corrupção ativa e passiva envolvendo diversas pessoas ligadas ao agronegócio. “Tais ações são praticadas por funcionário do Instituto Mineiro de Agropecuária”, diz a nota enviada pelo Gaeco à imprensa.

As investigações tiveram início em janeiro de 2019. Durante as investigações, constatou-se que o funcionário do IMA utilizava-se de sua função para alterar cadastros de produtores, realizar lançamentos fictícios de movimentação de gado, alterar expedição de notas fiscais, dentre outras práticas, com o fim de “ajustar” movimentações de gado que ocorreram clandestinamente, sem pagamento dos referidos impostos.

Ficou destacado o recebimento de propina por parte do agente, bem como a identificação dos corruptores, que repassavam os valores indevidos frequentemente ao funcionário do IMA. O autor utilizava contas própria e da filha para recebimento da propina, auferindo, pelo menos, cem mil reais ao longo de um ano e nove meses.

Além do funcionário do IMA, uma empresária do ramo de transporte de gado também foi alvo de buscas. Durante o período das investigações, destacou-se a prática de corrupção ativa por sua parte, através de transferências mensais ao autor.

Além dela, foram identificadas diversas pessoas ligadas ao agronegócio suspeitas de praticar atos de corrupção e/ou falsificação documental.

Foram cumpridos dois Mandados de busca e apreensão, ambos na cidade de Uberaba-MG. Além dos mandados, foi determinado o afastamento do cargo do funcionário por 180 dias, com possibilidade de prorrogação.

Participaram da Operação “Cafezinho” três promotores de Justiça, um delegado, seis policiais civis, um policial penal, agentes do GAECO, sete policiais militares e seis agentes da Receita Estadual.

Os cumprimentos dos mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo 3ª Vara Criminal da Comarca de Uberaba.

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