ARTICULISTAS

Falando de Pandemia

Sandra de Sousa Batista Abud
Publicado em 28/07/2020 às 06:59Atualizado em 18/12/2022 às 08:12
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Você é uma companhia querida, desejada? Você se propõe, pelo menos, a se tornar uma companhia agradável? O que você se perguntou hoje?

É tempo de questionar a vida que estamos vivendo.

É tempo de estar preparado, ou se preparar, para receber respostas e críticas.

Em tempo de pandemia, pessoas existem que depositam na pandemia – problema em evidência – uma expectativa de resposta ou culpa para todas as frustações, tais como crise conjugal, desilusão amorosa, perda de emprego, até a morte de um ente querido entre outros contratempos já existentes anteriormente. A decepção é inevitável, gerando ansiedade e somatizações como desânimo, insônia, dores, tontura, enjoo...

Em tempos de pandemia, é comum pessoas acharem que estão deprimidas, porém estão tristes. A tristeza não é depressão. Na tristeza, os sintomas são insônia, desânimo, ansiedade, melancolia – abatimento, desencanto –, sendo que tudo passa em algum tempo, semanas talvez. Como a pandemia, passa. Na depressão, os sintomas comprometem a rotina do sujeito, manifestam-se quase que ininterruptamente e a depressão continua se não for tratada devidamente.

Estresse, frustações, fracassos, infelicidade, moléstia, tristeza momentâneos fazem parte da vida e é necessário aprender a lidar com tudo isso, ou seja, ser resiliente – ser capaz de se recobrar das adversidades e se tornar melhor.

Como você tem vivido o seu dia a dia pandêmico, no isolamento? Necessidades, julgamentos, pressões, cobranças, disputas, limites... tantos desafios que a vida pode se tornar asfixiante. Viver na pandemia pode ser sufocante?

Assim, depende de cada um de nós mudar este cotidiano, provocar mudanças de atitude e tornar o dia positivo e produtivo. Depende de cada um buscar o equilíbrio de si a favor, também, da convivência.

Em tempo de pandemia, depende de cada um até selecionar informações interessantes na urgência de viver com a possível melhor qualidade de vida. Isto implica ser generoso consigo mesmo e com os outros, cobrando menos do próximo e exigindo menos de si.

Em tempo do novo coronavírus, esse inimigo invisível, mas enorme, viver é mais que nunca um presente de Deus e urge agradecer.

Em tempo de isolamento, entretanto, há momentos em que é exigido de cada um demasiado esforço e grande dedicação. Mas este momento também é ocasião de aprender sobre nós mesmos, de mudar. É tempo e oportunidade de nos tornarmos melhores do que somos, de sermos desafiados a crescer, a ser auspiciosos, isto é, prósperos e promissores, a pensar na saúde própria, da família e da comunidade.

O diálogo é importante e se este é verdadeiro e honesto, ambos os lados se dispõem a mudar para melhor.

Se a vida fosse sempre fácil, não teríamos a chance de amadurecer e de nos tornar mais fortes. É enriquecedor lutar para se conseguir o que se quer – neste momento, uma convivência positiva e construtiva, o que implica tolerância, honestidade, humanidade.

Toda gentileza, todo esforço, todo carinho têm suas recompensas.

Não se isole no isolamento, se solte, se permita compartilhar opiniões e sonhos.

Sandra Abud é psicóloga

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