POLÍTICA

Bolsonaro defende porte de arma e quer lei americana para o Brasil

Sobre as regras para a fiscalização contra o trabalho análogo à escravidão, ele disse a ruralistas que serão encontrados problemas em todas as propriedades

Gisele Barcelos
Publicado em 21/10/2017 às 07:00Atualizado em 16/12/2022 às 09:39
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Sandro Neves

Deputado Jair Bolsonaro esteve ontem com lideranças ruralistas, onde ouviu as demandas do setor

Após cumprir agenda em Uberlândia, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) chegou a Uberaba na manhã de ontem e foi recepcionado com festa por apoiadores locais. O parlamentar se reuniu com lideranças do Sindicato Rural de Uberaba e depois seguiu para encontro com diretores da ABCZ no Parque Fernando Costa, onde foi recepcionado por populares com gritos de "mito", palmas e coro do hino nacional.

Durante a conversa com lideranças do setor ruralista, Bolsonaro afirmou que se inspira na legislação dos Estados Unidos para a defesa da propriedade privada e defendeu a liberação do porte de arma. “Temos que evitar que a reintegração de posse aconteça, garantindo que a propriedade privada, urbana ou rural, seja sagrada. Grande parte das minhas ideias nessas áreas vem da legislação americana. Vai alguém invadir uma casa ou uma propriedade nos Estados Unidos. Vai ser recebido a balas e o proprietário é condecorado”, declarou.

O parlamentar também se manifestou sobre as regras para a fiscalização contra o trabalho análogo à escravidão e disse que, "com olhos de lince, serão encontrados problemas em todas as propriedades”.

Além disso, o pré-candidato assegurou aos ruralistas que, se eleito, indicaria para o Ministério da Agricultura um nome indicado pelo setor. “O ministro tem que ser indicado pelos senhores e não por partidos políticos [...] Tenho humildade de falar que não conheço com profundidade as questões dos senhores”, disse, sendo aplaudido pelos produtores presentes na reunião.

O parlamentar também declarou que convidará militares para compor a equipe ministerial, se for eleito. A declaração também foi seguida de aplausos pelos ruralistas.

No fim da visita, grupos pró e contra Bolsonaro trocaram farpas. Cerca de 15 manifestantes contrários a ele vaiaram o deputado na saída do centro de eventos, o que gerou bate-boca com a multidão de apoiadores que estava acompanhando o parlamentar. Houve troca de ofensas, mas não confronto físico. O deputado já havia deixado o local.

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