Em entrevista à Rádio JM, a candidata Angela Mairink, descartou usar novamente o entendimento das súmulas vinculantes 15 e 16 na discussão do reajuste salarial do funcionalismo
Foto/Neto Talmeli
Candidata Angela Mairink participou ontem da Sabatina JM, quando foi entrevistada por jornalistas do Grupo JM
Em entrevista à Rádio JM, a candidata do PP, Angela Mairink, descartou usar novamente o entendimento das súmulas vinculantes 15 e 16 na discussão do reajuste salarial do funcionalismo municipal. A aplicação do instrumento jurídico foi alvo de críticas na gestão do ex-prefeito Anderson Adauto.
Utilizadas no governo passado, as súmulas emitidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) estabeleciam que a remuneração do servidor era composta pelo somatório do vencimento básico e gratificações recebidas. O parecer abriu brecha para que a Prefeitura oferecesse apenas um abono complementar aos servidores para atingir o salário mínimo no valor acumulado.
A medida foi alvo de diversas críticas por parte de sindicalistas, que alegaram prejuízos para a aposentadoria em função do achatamento do salário base da categoria.
Questionada, Angela assegurou que não retomaria o uso das súmulas e ainda reforçou que os direitos conquistados pela categoria serão mantidos. “Não sabemos qual será o orçamento para trabalhar no ano que vem e temos notícia da dívida financeira da Prefeitura. Então, eu seria irresponsável em dizer agora de aumento, mas posso dizer que não haverá perdas salariais”, sentenciou.
A prefeitável também argumentou que a relação entre o ex-prefeito e marido não ficou desgastada com os servidores. Ela acrescentou que o governo implementou uma política de valorização dos profissionais concursados com a indicação de pessoas do quadro efetivo para preenchimento dos cargos de chefia. De acordo com Angela, a diretriz será retomada e a medida representará um enxugamento dos gastos com pessoal, trazendo economia para os cofres públicos.
Na área da Saúde, a prefeitável afirmou que uma das propostas será zerar no prazo de seis meses a fila de espera por exames e consultas com especialistas. A partir daí, ela pondera que será estudado um mecanismo que permita atender à demanda dos pacientes com maior agilidade.
Outra frente citada pela prefeitável será o encerramento do contrato com a Pró-Saúde. Segundo ela, as UPAs voltariam a ser gerenciadas pela Prefeitura e o Hospital Regional seria gerido pela Ebserh/Hospital de Clínicas da UFTM.