Impasse estaria relacionado ao reajuste salarial e à redução da carga horária de 40 para 36 ou 30 horas; sindicalistas não descartam falta d’água caso o movimento prospere
Foto/Neto Talmeli
Funcionários do Codau paralisaram as atividades na manhã de ontem e insistem em reajuste salarial e redução de carga horária
Cerca de 200 servidores do Codau estão em greve. O movimento, que teve início na manhã de ontem, é por tempo indeterminado. Entre as reivindicações, a categoria pede reajuste salarial de 11% e que a carga horária seja mantida em 30 ou 40 horas semanais, como prevê o Plano de Cargo e Carreiras da autarquia.
O primeiro dia de movimento parou todo o serviço de rua, o setor operacional, como ligações de água, esgoto e leituristas. Já os serviços nos centros de reservação e caixa de esgoto foram mantidos. “Apesar de serem a favor da greve, decidimos que no primeiro dia o abastecimento de água seria mantido, mas, se não houver avanços, existe a possibilidade de a greve chegar até os castelos e, com isso, pode faltar água para a população”, explica o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Purificação e Distribuição de Água de Uberaba (Sindae), Reginaldo José Inácio.
O sindicalista destaca que a categoria não tem a intenção de gerar problemas à população, apenas está lutando por melhorias e direitos do trabalhador. Ele explica que não houve reajuste no salário dos funcionários do Codau. Os valores são os mesmos e a categoria pede apenas que seja aplicado o índice de inflação. Quanto à carga horária, Reginaldo diz que o Codau deve aplicar o que foi estabelecido no plano de carreira, de 40 ou 30 horas semanais. Os trabalhadores entendem que se fosse praticada a carga horária de 30 horas, seria possível prestar um serviço de melhor qualidade à comunidade, com equipes divididas em dois períodos do dia.
“Tivemos apenas aumento no tíquete, mas a categoria precisa é de aumento no salário. Pedimos, então, para que seja aplicado o índice da inflação ou, pelo menos, que haja a redução na carga horária, para suprir o reajuste que não foi aplicado. E não acreditamos que o Codau passa por dificuldades financeiras”, destaca o vice-presidente.
Até a manhã de ontem a diretoria do Codau não havia convocado os servidores para uma nova negociação.