POLÍTICA

Subsecretário apresenta déficit de R$ 3 bilhões em Minas nas contas do 2º quadrimestre

Informação foi dada em audiência pública, na apresentação do Relatório Fiscal do Estado referente ao 2º quadrimestre de 2015

Marconi Lima
Publicado em 27/11/2015 às 23:10Atualizado em 16/12/2022 às 21:08
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O subsecretário de Planejamento, Orçamento e Qualidade no Gasto, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Ricardo Lopes Martins, afirmou aos deputados da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que o déficit consolidado ao orçamento do Estado é de R$3 bilhões. A informação foi dada em audiência pública, na apresentação do Relatório Fiscal do Estado referente ao 2º quadrimestre de 2015 e ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

De acordo com o representante do governo, no comparativo com o mesmo período em 2015, houve aumento da receita orçamentária de 2,9% e leve queda nos repasses provenientes da União. “Registramos um aumento das despesas da ordem de 11,6%. Ultrapassamos o índice prudencial com despesas de pessoal, sem, no entanto, atingir o índice máximo”, afirmou. Com relação ao planejamento para o próximo ano, garantiu que há um processo de auditoria de despesas e monitoramento dos gastos para reduzir o déficit.

Os parlamentares de oposição que participaram da audiência questionaram a viabilidade do cumprimento da LRF em 2015. Para o deputado Felipe Attiê (PP), os números não fecham. Segundo ele, a situação financeira do Estado é crítica e a folha de pagamento dos servidores só vem sendo honrada por meio do uso dos recursos provenientes dos depósitos judiciais. “As perspectivas são de piora nas contas públicas e de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não acredito que o 13º salário seja pago em dia e que o piso salarial da Educação seja cumprido”, alertou. Com relação ao Orçamento de 2016, afirmou que a previsão do déficit deve aumentar de R$7 bilhões para R$10 bilhões.

O deputado Durval Ângelo (PT), que é líder do governo na ALMG, garantiu que o 13º salário dos servidores será pago integralmente, que o Prêmio por Produtividade pode ser acertado, assim como o reajuste dos servidores da Educação. Em sua fala, destacou que não há crise em Minas Gerais e sim dificuldades orçamentárias. Lembrou que o atual governo assumiu o Estado com um déficit de R$7,2 bilhões, o que já configurava uma situação financeira delicada. “Ao longo dos anos não houve investimento em modelo alternativo de economia. Hoje, sem a mineração, por exemplo, Minas Gerais seria um dos estados mais pobres do país. Somos dependentes de commodities, portanto, sujeitos às variações da conjuntura internacional”, explicou Durval Ângelo.

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