Presidente de comissão quer debate sobre quedas de árvores na cidade

Os estragos provocados nos últimos dias por fortes ventos devem ser tema de discussão no plenário da Câmara Municipal de Uberaba (CMU). A ideia é buscar alternativas para evitar que as ações do tempo causem mais prejuízos no município.

O presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente da CMU, vereador João Gilberto Ripposati (PSD), diz que tudo o que está acontecendo é em decorrência da ação do próprio homem. Segundo ele, o motivo é a perda das barreiras naturais das árvores ao redor do município, principalmente devido ao aumento do plantio de cana-de-açúcar e a ampliação dos novos conjuntos habitacionais.

Antes mesmo dos fatos ocorridos nos últimos dias, de fortes chuvas em Uberaba, quando dezenas de árvores caíram, o parlamentar havia encaminhado requerimento ao secretário de Meio Ambiente, Ricardo Lima, convidando-o para participar de reunião no plenário da CMU. Ripposati explicou que a intenção é falar sobre o programa Uberaba Verde, assim como ouvir explicações do secretário sobre as novas regras de poda/supressão de árvore na cidade. O vereador lembra que existem em Uberaba muitas árvores antigas, a maioria das décadas de 70 e 80, que provocam riscos de acidentes e precisam ser retiradas.

De acordo com o presidente da comissão, a proposta do Executivo é de que para cada árvore cortada, dez devem ser plantadas, dentro do programa Uberaba Verde. Inclusive, na semana passada, Ripposati participou de uma ação da prefeitura no Residencial 2000, com o plantio de árvores na Escola Municipal Ester Limírio Brigagão, assim como nas praças e calçadas daquele bairro.

Ripposati defende a necessidade de plantar árvores, formando novas barreiras contra o vento nas áreas rurais, uma vez que nas áreas urbanas a lei exige que o próprio empreendedor (no caso das construções de novos bairros) viabilize o plantio. “É preciso plantar variedades adequadas à área urbana, para que amanhã não aconteça o problema de caírem com o vento, como está ocorrendo com várias espécies hoje”, alertou o presidente da comissão.