Associação dos usuários do transporte coletivo de Uberaba (Acobe) alerta que aumento da tarifa para compensar perda de passageiros poderá se tornar círculo vicioso e levar mais pessoas a abandonarem o sistema. A avaliação é do presidente da entidade, José Tiago de Castro, ressaltando que o número de entradas na catraca caiu de R$1,9 milhão para R$1,7 milhão ao longo do ano.
Castro ressalta que o país está em momento de crise e houve aumento do desemprego. Por isso, um reajuste alto no valor da tarifa não seria a solução para compensar o impacto da planilha de custos. “É um círculo vicios aumenta a tarifa e vai continuar diminuindo o total de passageiros e esvaziando o sistema. No fim, vai acabar resultado em perda de qualidade porque as empresas se verão obrigadas a diminuir a frota para cortar despesas”, ressalta.
O presidente da Acobe, que também é membro do conselho municipal de Transporte Urbano, afirma que se absteve do voto em relação à tarifa pois as únicas opções seriam o valor de R$3,65 – defendido pelas empresas – ou R$3,50 – apurado na análise interna da Prefeitura. Segundo ele, as duas alternativas são muito altas.
Castro acredita que a proposta de R$3,50, aprovada pela maioria no conselho, será a alternativa aplicada para reajuste da tarifa. No entanto, ele cobra que a Prefeitura planeje estratégias para segurar o preço da passagem a partir de agora e tentar reconquistar passageiros para o sistema, permitindo às empresas ganhar pelo crescimento no volume de pessoas transportadas.