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Secretário municipal de Saúde, Marco Túlio Cury defende mobilização das prefeituras contra os cortes
O secretário municipal de Saúde, Marco Túlio Cury, defende mobilização para reverter corte no programa Farmácia Popular em 2016. A polêmica surgiu porque o orçamento federal que está no Congresso Nacional não prevê recursos para manter os descontos no preço dos medicamentos oferecidos pelo programa a partir do ano que vem. Com isso, o valor dos itens deve aumentar e os pacientes migrarem para as farmácias da rede municipal.
Em nota divulgada ontem, o Ministério da Saúde posicionou que o corte atinge apenas a parte do programa que oferece 90% de desconto, em farmácias credenciadas, para a compra de medicamentos para rinite, colesterol, mal de Parkinson, glaucoma, osteoporose, anticoncepcionais e fraldas geriátricas.
O texto ainda esclarece que a proposta encaminhada ao Congresso mantém os recursos para fornecimento gratuito de medicamentos para controle de diabetes, hipertensão e asma, tanto em unidades próprias da Farmácia Popular quanto em lojas credenciadas.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, o governo federal ainda comunicou oficialmente sobre qualquer corte no programa farmácia popular. No entanto, ele analisa que a medida deverá fazer muitos usuários do programa migrarem para a rede municipal e a nova demanda vai causar sobrecarga à administração local.
Por isso, o titular da pasta acredita que as prefeituras devem se mobilizar para tentar reverter a situação. “Precisamos verificar quem vai pagar a conta e o que fazer para a população não ficar desassistida [...] Seria mais um transtorno para os municípios”, ressalta.