Prefeito Paulo Piau utilizou a solenidade de abertura da Megaleite para fazer nova cobrança ao governo mineiro em relação ao gasoduto
Fotos: Sebastião Santos
Prefeito Paulo Piau durante discurso ontem, na inauguração da Megaleite, diante de várias autoridades do governo estadual
Prefeito Paulo Piau (PMDB) utilizou a solenidade de abertura da Megaleite 2015 para fazer nova cobrança ao governo mineiro em relação ao gasoduto. O evento foi aberto oficialmente ontem no Parque Fernando Costa, tendo a presença do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz Reis Filho, e várias autoridades ligadas ao governo de Minas Gerais. No discurso, PP afirmou que a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN V) só será concretizada se o gasoduto chegar até aqui, sendo que “hoje o único que pode liderar este projeto é o governador”.
Piau também encaminhou ontem documento ao governador Fernando Pimentel (PT), afirmando que o projeto da planta de amônia é aguardado há 22 anos por Minas Gerais. O documento lembra que a fábrica foi foco do trabalho do ex-presidente Lula, do ex-vice-presidente José Alencar e da presidente Dilma Rousseff (PT). Diz ainda que, excluindo o esforço do governo estadual anterior de abrir o capital da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), nenhuma outra ação foi realizada, como financiamento, a busca do licenciamento ambiental e audiências públicas, pela atual gestão. Segundo o prefeito, desde a eleição do atual governo estadual, ele procurou tratar do assunto em todas as esferas possíveis, porém a negociação deve ser feita pelo governador mineiro junto ao governo federal. “Tenho plena convicção que se o governador não liderar, de fato e de direito, este projeto, não haverá solução”, avalia.
Hoje, o prefeito protocola ofício na vice-presidência da República, durante viagem a Brasília, expondo todo o problema para sensibilizar Michel Temer (PMDB) em relação ao assunto. Ele também aguarda uma audiência com o peemedebista que, nestes dias, está como presidente interino em razão da viagem ao exterior de Dilma Rousseff.
Toda a cobrança é decorrente do anúncio do plano de negócios da Petrobras, ocorrido na segunda-feira (29). Nele, a estatal diz “hibernar” a obra da planta de amônia em razão da falta de entendimento para viabilizar a chegada do gás – matéria-prima essencial para operar a fábrica – em Uberaba. A UFN V não está na lista de “desinvestimentos” da estatal, no entanto, está adiada até a decisão do governo mineiro em relação ao gasoduto. Especula-se ainda que a Petrobras vai acionar formalmente a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) em busca de um posicionamento.