POLÍTICA

Planta de amônia fica hibernada à espera de definição do gasoduto

De acordo com a assessoria da Prefeitura, a fábrica não está em desinvestimento no plano de negócios da estatal, mas está hibernada, até que haja uma definição sobre o gasoduto

Daniela Brito
Publicado em 30/06/2015 às 07:43Atualizado em 16/12/2022 às 23:30
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Fot Reprodução

Presidente da Petrobras divulgou ontem, durante doletiva, detalhe do Plano de Negócios e Gestão

Petrobras não detalha a situação da obra da planta de amônia durante a divulgação do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019. No entanto, a Prefeitura de Uberaba confirma que a estatal vai adiar o empreendimento em razão da indefinição do gasoduto – que vai alimentar a fábrica de fertilizantes.

No plano divulgado ontem pela Petrobras houve redução de 37% dos investimentos da estatal, se comparados com o plano anterior, totalizando US$130,3 bilhões. Os investimentos priorizam projetos de exploração e produção de petróleo, com ênfase no pré-sal. Nas demais áreas de negócios, os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e a projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural. Já o montante em desinvestimento para o período totaliza US$15,1 bilhões, sendo 30% na exploração e importação, 30% no abastecimento e 40% em gás e energia.

Em entrevista à imprensa, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou que o novo plano de negócios e investimentos teve como objetivo reduzir a dívida da estatal, que saltou para R$332 bilhões no fim do 1º trimestre de 2015, contra os R$282 bilhões no término de 2014. Ele também afirmou que o plano esta sujeito às mudanças de condições de mercado.

De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura, a fábrica não está em desinvestimento no plano de negócios da estatal, mas está “hibernada”, até que haja uma definição sobre o gasoduto – termo que teria sido utilizado pelo próprio presidente, ontem, durante coletiva de imprensa, segundo o órgão municipal.

Para o prefeito Paulo Piau (PMDB), a estatal cumpriu seu papel, contratando a empresa para realizar a obra e já investiu US$1,25 bilhão no empreendimento em Uberaba. Porém, ele diz que internamente a Petrobras reconhece a falta de entendimentos entre a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) e o próprio governo do Estado. Este impasse dificulta a confirmação do gasoduto e leva ao adiamento da unidade de fertilizantes em Uberaba.

PP também lembra que vem realizando diversas ações com vistas a solucionar a questão e amanhã pretende cumprir agenda com o governador Fernando Pimentel (PT), para se obter uma definição quanto ao gasoduto. Isso porque ele diz esperar que o governo mineiro assuma sua responsabilidade de trazer o gás até o Triângulo Mineiro. O prefeito também observa a necessidade de uma interferência do governo federal – tendo já anunciado que pretende se reunir com o vice-presidente, Michel Temer.

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