Com a Petrobras em fase de desinvestimento e risco de interrupção na obra da fábrica de amônia, o vice-governador Antônio Andrade (PMDB) revelou ontem que o governo mineiro está em contato com outros grupos econômicos para viabilizar a implantação da planta em Uberaba.
O peemedebista afirma haver preocupação com a desaceleração no ritmo das obras em Uberaba. Em março, foi confirmada a dispensa de 400 operários e o projeto caminha em passo lento. As dúvidas quanto ao futuro do empreendimento crescem com as informações sobre corte no plano de negócios da Petrobras.
Diante da situação, Andrade explica que a busca de parceiros pode ser uma alternativa para a continuidade do projeto. “Estamos trabalhando outros grupos econômicos que possam absorver a fábrica, se a Petrobras demorar a construir”, acrescenta, destacando que a planta de amônia é um investimento estratégico para a autonomia do agronegócio.
O vice-governador também voltou a afirmar que o Estado construirá o gasoduto para abastecimento da fábrica e descartou atrasos na entrada em operação da unidade por causa do entrave no traçado do duto. No entanto, ele não adiantou data para o anúncio do empreendimento.
Saúde. Andrade também não apresentou previsão para liberação de verba de R$1 milhão para o término das obras do Hospital Regional. O vice-governador assegurou o pagamento dos recursos ao município e afirmou que o projeto é uma prioridade da gestão, mas ressaltou que as dificuldades financeiras enfrentadas no início do mandato. Ele argumenta que a dívida herdada do governo anterior chega a R$7 bilhões e ainda não houve tempo hábil para equilibrar a situação financeira.
“Não tem data ainda [para liberar a verba]. Não temos os recursos. Vamos terminar os hospitais que o governo passado começou e não terminou. Não deixaram recurso e nem previsão orçamentária para a construção desses hospitais”, alfineta.
Mesmo sem uma previsão para a chegada dos recursos restantes do convênio com o Estado, o prefeito Paulo Piau (PMDB) mantém a expectativa de abertura do Hospital Regional em 2015. Segundo ele, a Prefeitura está arcando sozinha com as despesas por enquanto para as obras continuarem andamento, mas a execução está em ritmo mais lento por causa da escassez de recursos. “Não tem dúvida, o hospital abre este ano. Entendemos situação financeira do governo estadual, mas não pode demorar muito. Tem gente com dificuldade e até perdendo a vida por falta de leito hospitalar. Vida não tem preço. É muito pouco dinheiro para perder uma vida sequer. Esse assunto será resolvido em breve”, finaliza.