Fot Fernanda Borges
Paulo Piau afirma que a Prefeitura não tem recursos próprios para custear a indenização dos moradores da região
Além da verba para a obra de ampliação do aeroporto local, Uberaba pleiteia recursos federais do Fundo de Aviação Civil para bancar a desapropriação de imóveis localizados na área destinada à expansão do terminal. O prefeito Paulo Piau (PMDB) afirma que a Prefeitura não tem recursos próprios para custear a indenização dos moradores da região que será atingida pelo projeto, já que a estimativa é aproximadamente R$ 60 milhões para desapropriar 97 imóveis.
Piau conta que em outras cidades como Araraquara, a prefeitura bancou parte das desapropriações para adequar o aeroporto. No entanto, PP salienta que no município paulista a área era composta apenas de terrenos sem construção, o que representou despesa menor para indenizar os proprietários.
Em Uberaba, o chefe do Executivo lembra que existem imóveis residenciais no entorno do aeroporto. Com isso, os custos das desapropriações são maiores. Segundo Piau, o fundo federal tem disponibilidade financeira e conta com algo em torno de R$ 7 bilhões para investimentos no setor. Por isso, ele acredita que seja possível conquistar o valor total necessário para liberar a área destinada à ampliação do aeroporto. “Não temos recurso para arcar com isso. Precisamos do recurso federal. Podemos assumir só o custo para implantação dos equipamentos sociais em outro local, como fazer um novo campo para o Bonsucesso. É coisa pequena e não tem tanto problema”, destaca.
Ainda não há previsão de data para o início das desapropriações na área onde será feita a ampliação do terminal. O município também aguarda liberação de verba do programa de aviação regional para as obras de adequação no aeroporto. O projeto de Uberaba ainda está na fase de estudo de viabilidade técnica na Secretaria de Aviação Civil.
A Anac constatou em 2012 irregularidades na pista de pouso e decolagem do aeroporto local. O problema foi verificado nas margens de segurança, que estão em desacordo ao tamanho estabelecido para o tipo de aeronave que opera na cidade. Sem as adequações no perímetro, a capacidade operacional do terminal ficaria restrita a aviões pequenos e haveria o risco de inviabilizar voos ofertados em Uberaba.