Solução financeira para gasoduto que abastecerá fábrica de amônia em Uberaba será definida até abril. A informação foi dada pelo presidente da Cemig, Mauro Borges, durante reunião esta semana na Assembleia Legislativa de Minas Gerais com deputados integrantes da Comissão de Minas e Energia.
O gasoduto de 457 entre Betim e Uberaba está orçado em R$1,8 bilhão, montante que o governo estadual não tem condições de bancar sozinho. Na conversa com os parlamentares, o presidente da Cemig afirmou que a solução financeira será definida no prazo de um mês e já sinalizou a parceria com empresa privada para viabilizar o investimento.
A alternativa era defendida pelo governo tucano, que tentou a entrada da companhia Gas Natural Fenosa na composição societária da Gasmig para assegurar os recursos para a construção do duto. Na gestão passada, um projeto foi encaminhado à Assembleia para acabar com a necessidade de autorização do Legislativo para venda de ações da estatal. O projeto, entretanto, foi retirado da pauta devido à resistência da bancada oposicionista encabeçada pelo PT na época. O grupo alegava que a matéria era uma manobra para privatizar a distribuidora e outras subsidiárias da Cemig.
Na reunião com os deputados da Comissão de Minas e Energia, o presidente da Cemig garantiu que o projeto em formatação para consolidar o gasoduto não implica na privatização da Gasmig. Segundo ele, será apenas adotada uma estrutura societária e financeira adequada para viabilizar os recursos para o duto, no menor custo possível. Ele não detalhou como funcionará a parceria.
A Cemig e a companhia espanhola Gas Natural Fenosa já assinaram acordo em junho do ano passado para criar uma nova empresa destinada a investir em projetos na área de gás, inclusive no gasoduto Betim-Uberaba. A estatal até comprou a parte acionária da Petrobras na Gasmig para permitir a entrada da estrangeira na sociedade posteriormente.