Perdas com seca em fazendas podem levar prefeito a decretar emergência

 Técnicos da Prefeitura farão diagnóstico nas fazendas da região para decidir sobre a necessidade de publicar novo decreto emergencial por causa da seca em Uberaba. A decisão foi anunciada ontem em reunião entre a equipe da Secretaria Municipal de Agricultura e a diretoria do Sindicato Rural.

De acordo com o titular da Agricultura, Danilo Siqueira (PT), as visitas técnicas serão para verificar o estágio das plantações, a data das últimas chuvas registradas na região e diagnosticar as perdas já observadas nas propriedades rurais. O grupo sairá a campo a partir de hoje para a coleta de dados. “A partir do laudo técnico, vamos decidir se é necessário decretar estado de emergência”, salienta.

Além disso, o secretário explica que os produtores serão orientados sobre estratégias para reservação de água da chuva nas fazendas, como a limpeza das pequenas represas que podem estar assoreadas ou melhoria dos bolsões para aproveitar a água das próximas chuvas. “Precisamos seguir exemplos de outros países e regiões onde chove pouco, mas os produtores sabem aproveitar toda a água para suportar os períodos mais difíceis”, ressalta.

Presente à reunião, o gerente regional da Emater, Gustavo Laterza, explicou que há previsão de chuva para os próximos dias, o que pode amenizar a situação. No entanto, ele pondera que é preciso trabalhar a conscientização do produtor para buscar orientação junto aos bancos onde foram feitos os financiamentos agrícolas e também acionar as seguradoras, caso perceba que as perdas já são visíveis.

Em pleno período chuvoso, quatro cidades mineiras decretaram situação de emergência este ano por causa da estiagem. A lista inclui Brasília de Minas, Francisco Badaró, Viçosa e Ouro Preto. As duas últimas inclusive adotaram rodízio de abastecimento de água.

No ano passado, a Prefeitura decretou situação de emergencial por dois meses em Uberaba devido à estiagem prolongada e o desabastecimento da cidade. O Codau adotou rodízio de fornecimento de água e também criou fiscalização para coibir o desperdício, com aplicação de multas para os infratores.