Vereadores fortalecem ação para volta de atendimento odontológico nas UBSs

As cobranças pelo funcionamento do serviço odontológico na rede municipal de Saúde mobilizam mais vereadores. Depois de Marcelo Borges, o Borjão (DEM), anunciar que apenas quatro de 39 unidades de saúde do município estariam com atendimento normal, agora Cléber Humberto Ramos, o Cléber Cabeludo (Pros), também questiona os motivos da deficiência no atendimento. O vereador Franco Cartafina (PRB) foi o primeiro a levar a público a situação.

Os parlamentares divergem apenas no número de unidades de saúde que ainda mantêm o serviço total ou parcialmente. De acordo com Borjão, ele teria visitado toda a rede e somente em quatro unidades o atendimento funciona normalmente. No restante, garante o democrata, os odontólogos apenas trabalham com acolhimento. Uma ação de orientação sobre saúde bucal, uma vez que não há equipamentos em funcionamento e material para atendimento.

Já Cartafina e Cléber dizem que um pouco menos da metade, 18, ainda mantém a prestação do serviço, mesmo que parcialmente. Franco confirmou que em algumas unidades não há dentistas porque os equipamentos estão inutilizados devido à falta de manutenção. “Verificamos que os contratos com as empresas de manutenção não foram renovados, o que ocasionou a inutilização dos aparelhos”, ressaltou Franco.

Borjão reforçou que os equipamentos estão sucateados e não há medicamentos para tratamento da saúde bucal. O parlamentar enviou ofício ao Executivo solicitando providências para a solução do problema. E garantiu que fará o mesmo para o Ministério Público. “Infelizmente, a população não pode contar com atendimento para tratamento de saúde bucal. E o que me deixou bastante indignado foi quando eu soube que desde o dia 7 de outubro apenas cinco postinhos prestam esse atendimento”, disse Borjão.

Ele questionou também um contrato entre a Prefeitura e uma empresa que prestará serviço de manutenção nos equipamentos odontológicos. “Anteriormente, o valor pago para manutenção era de R$30 mil por mês e, como pudemos constatar, não foi um serviço bem prestado, pois muitos equipamentos estão com problemas. Agora, no novo contrato, esse valor caiu para R$18 mil. Se com 30 não estava bom, imagina com 18!”, frisou o parlamentar. (ML)