POLÍTICA

Paranhos diz que momento exige provas de competência de ministra

O nome da senadora Kátia Abreu (PMDB/TO) para comandar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a partir de janeiro de 2015 foi anunciado na última semana

Thassiana Macedo
Publicado em 28/12/2014 às 15:37Atualizado em 17/12/2022 às 02:04
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O nome da senadora Kátia Abreu (PMDB/TO) para comandar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a partir de janeiro de 2015 foi anunciado na última semana pela presidente Dilma Roussef, reeleita para o segundo mandato. Para a Associação Brasileira de Criadores de Zebu, o desafio que ela vai enfrentar no próximo ano será bem grande.

O presidente da ABCZ, Luiz Cláudio Paranhos, avalia que a senadora é uma pessoa bastante inteligente e competente, mas o compromisso assumido por ela neste momento exigirá ainda mais provas de sua competência. “O desafio dela é muito grande, pois vai assumir um Ministério que nos últimos anos foi pouco prestigiado e está precisando de renovação de quadros, bem como maior orçamento, o que será um desafio muito grande para ela. Aparentemente, a senadora não tem o apoio dos principais partidos, inclusive do próprio partido, que a questiona. Ela também não conta com o apoio da maior parte da classe ruralista, que viu sua aproximação com o projeto de reeleição da presidente Dilma com desconfiança. Então, há uma série de fatores que vão dificultar o trabalho da senadora Kátia Abreu”, justifica.

Para Paranhos, em virtude do perfil da senadora, ele espera algumas mudanças no setor. “Ela é uma pessoa muito próxima à presidente e se aceitar o convite para assumir o Mapa, com certeza essa Pasta será prestigiada; então, por isso pode ser que mude algo”, frisa.

Neste sentido, o dirigente da entidade afirma que entre as reivindicações que serão levadas à nova ministra está a cobrança de ações que visem melhorar a produtividade da pecuária, de forma geral. “A principal ação é a extensão rural. Hoje existe muita tecnologia, mas as pessoas não têm acesso a ela. Uma das principais ações efetivas que o ministério poderia fazer como política pública, seria levar essas tecnologias ao campo para a utilização na prática. Logicamente, há questões que envolvem o agronegócio, como logística, crédito rural e segurança no campo, que fazem parte do pacote global. Na pecuária, um trabalho mais informativo e de capacitação é importante para aumentar a produtividade”, ressalta.

Expectativa do líder classista é que 2015 seja de crescimento para o setor. Luiz Cláudio Paranhos avalia que 2015 será um ano positivo e propício ao crescimento no setor. No mercado internacional, os principais concorrentes enfrentam problemas de produçã nos Estados Unidos o rebanho está pequeno, a Austrália passa por uma forte seca e a Argentina encara problemas políticos, realidade que deve pressionar a exportação brasileira, bem como há mais demanda interna por carne. “Para o ano que vem, o momento é excelente de preços da arroba do boi, mas há um receio nacional quanto à economia do país, como dificuldade de controlar a inflação e problemas institucionais do governo com corrupção que podem desestabilizar a economia de uma forma negativa, que impacta na pecuária. O mercado interno absorve hoje 80% da carne brasileira. Porém, acredito que o momento é tão bom que pode neutralizar os efeitos ruins da economia”, completa Paranhos.

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