POLÍTICA

Comissão de vereadores detecta que 60% do orçamento da Saúde vai para pessoal

Os quatro vereadores que integram a Comissão de Saúde e Saneamento da Câmara reuniram-se ontem

Renata Gomide
Publicado em 31/10/2014 às 09:00Atualizado em 17/12/2022 às 02:57
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 Divulgação/CMU

Vereadores da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Uberaba se reuniram ontem para análise das contas da SMS

Os quatro vereadores que integram a Comissão de Saúde e Saneamento da Câmara reuniram-se ontem para a primeira análise das contas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), referentes ao exercício de 2013 e do primeiro quadrimestre de 2014. Os dados consultados pelo colegiado são originários do Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG) e Ministério da Saúde, através do Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão.

Entre os números analisados e que suscitaram dúvidas estão os gastos com pessoal, informa o presidente da Comissão, vereador Marcelo Borjão (DEM). Segundo ele, de janeiro a abril de 2014 foram consumidos 59,5% com a folha, enquanto durante todo o ano de 2013 foram gastos 47,8%, ou seja, “hoje, 60% do orçamento da Saúde está comprometido com pessoal”.

O setor dominou boa parte dos debates este mês no plenário da Câmara, com relatos feitos pelos vereadores com base em denúncias da população, dando conta da inexistência de insumos básicos como seringas, fios de sutura, agulhas, luvas, gazes, adrenalina e até água sanitária para limpar o chão.

“Vamos até o fim para sabermos onde estão os erros e por que a Saúde em Uberaba está esse caos e de quem é a responsabilidade, doa em quem doer”, disse Borjão, anunciando sua disposição e dos demais colegas da comissão, o relator Franco Cartafina (PRB), o vogal Ismar Marão (PSB) e a suplente Denise da Supra (PR).

Ainda segundo Borjão, pairam dúvidas quanto ao fato de a secretaria ter gasto 7,28% a mais do que o mínimo constitucional de 15% das receitas orçamentárias de 2014, conforme prestação de contas da Fazenda. Além disso, o colegiado está acompanhando a apuração pelo Ministério Público, de superfaturamento na compra de insumos pela pasta.

Semana que vem os vereadores voltam a se reunir, com assessoramento – a exemplo de ontem – do diretor de Compras da CMU, contador Edvandro Adolfo Pereira. Segundo Borjão, a comissão fará as devidas apurações com responsabilidade. Quanto à exoneração do subsecretário de Saúde, João Lisita, o vereador avalia que ele não é o gestor da pasta e, nesse sentido, diz que “não podemos deixar a corda arrebentar do lado mais fraco”.

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