POLÍTICA

Pimentel deve recorrer ao BNDES para viabilizar obra do gasoduto

Um financiamento do BNDES será o caminho para viabilizar os recursos necessários à implantação do gasoduto Betim-Uberaba

Gisele Barcelos
Publicado em 24/10/2014 às 23:54Atualizado em 16/12/2022 às 03:49
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Um financiamento do BNDES será o caminho para viabilizar os recursos necessários à implantação do gasoduto Betim-Uberaba. O governador eleito Fernando Pimentel (PT) visitou a região do Triângulo Mineiro esta semana e anunciou as ações a serem tomadas para consolidar o duto que abastecerá a fábrica de amônia da Petrobras.

Defendendo a busca de empréstimos no banco público para a obra, o novo governador deverá sepultar, a princípio, o projeto de lei complementar que previa a alteração da Constituição Mineira e acabaria com a obrigatoriedade de autorização do Legislativo para a venda de ações das empresas públicas não controladas diretamente pelo Estado, como a Gasmig.

A proposta foi apresentada em junho para a entrada da companhia espanhola GNF como sócia da Cemig na distribuidora de gás e asseguraria o dinheiro para a execução do duto, orçado em R$1,8 bilhão.

A matéria, entretanto, não avançou na Assembleia Legislativa por resistência da bancada oposicionista encabeçada pelo PT até então. O grupo argumentou que o texto daria margem para a privatização de todas as subsidiárias da Cemig. Na época, já era defendida a contratação de financiamento junto ao BNDES.

Mesmo assim, o atual governo mineiro manteve a posição para a abertura do capital da Gasmig e se comprometeu apenas a reformular o texto e reencaminhar o projeto à Assembleia após as eleições, o que ainda não se confirmou.

“Pimentel não seguirá a opção indicada pelo PSDB. Ele adiantou que tem indicativo de financiamento do BNDES para que o gasoduto seja construído. Já estão discutindo internamente e, assumindo a gestão em 2015, atitude será de imediato para dar continuidade”, disse o prefeito Paulo Piau (PMDB), que discutiu o assunto com o petista durante a passagem por Uberaba na última quarta-feira (22).

Ainda não há informação se o novo posicionamento do Estado a partir de 2015 afetará o acordo firmado entre a Cemig e GNF para investimentos na área de gás.

Quanto ao trajeto, Pimentel disse também ontem em Uberlândia que manterá o projeto de trazer o gás de Betim para Uberaba. Desta forma, foi descartada a possibilidade de retomar as articulações para trazer o duto de São Paulo. “Não se cogita o duto paulista porque a intenção não é criar eixo de desenvolvimento em São Paulo”, pondera Piau.

O gasoduto mineiro foi anunciado no fim do ano passado como solução para suprir e fábrica de amônia da Petrobras A estatal petrolífera investirá R$1,95 bilhão na unidade de fertilizantes, com entrada em funcionamento programada para 2017. Inicialmente, a previsão seria entregar os 457 quilômetros de duto até maio de 2016, mas o projeto avançou pouco desde então e o cronograma dificilmente será cumprido.

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