POLÍTICA

Estudantes de Medicina da Uniube protestam contra o Mais Médicos

Estudantes do curso de Medicina da Uniube realizaram protesto contra o programa Mais Médicos durante a passagem da presidente

Geórgia Santos
Publicado em 23/10/2014 às 00:17Atualizado em 17/12/2022 às 03:05
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Estudantes do curso de Medicina da Uniube realizaram protesto contra o programa Mais Médicos durante a passagem da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff por Uberaba. Um grupo formado por cerca de 200 pessoas, entre apoiadores do candidato Aécio Neves e universitários, se concentrou na avenida Nenê Sabino, próximo ao aeroporto, com o objetivo de chamar a atenção da candidata.

A maioria dos profissionais da área da saúde, principalmente estudantes e recém-formados, critica o programa Mais Médicos, do governo federal, que trouxe ao Brasil profissionais de outros países, a maioria de Cuba.

Marcos Antônio Rocha Cavalcante cola grau no fim deste ano e sua grande preocupação não é com a falta de emprego e sim com a qualidade de trabalho, com estruturas e equipamentos adequados. “Durante os quatro anos de governo Dilma o investimento na Saúde foi baixo e ainda vieram profissionais que não sabemos se são qualificados. Uma medida eleitoreira que não melhora a Saúde do país. O que deveriam fazer é aumentar o repasse, mais leitos, mais residências médicas, com isso aumentam as especialidades e estrutura para atender pacientes. Estamos trabalhando nas Unidades de Pronto-Atendimento e nas básicas e não há material, como seringa e medicamentos. O programa Mais Médicos não resolveu o problema”, afirma o estudante, ressaltando que alguns pacientes tiveram dificuldade de comunicação durante a consulta com um médico cubano, tanto que procuraram um brasileiro.

Independente do candidato que está na disputa para a Presidência da República, segundo a estudante de Medicina do 7º período Aline Evans, antes de tudo é preciso ter alternância de governo para ter modificação, melhorias, e, para ela, o brasileiro não pode desistir, tem que se manifestar de forma pacífica, reivindicando seus direitos. “Com relação à nossa categoria, estamos pedindo mais apoio, investindo nos profissionais do país, ao invés de trazer de fora. O problema não é na quantidade de médicos, isso existe no país, o que falta é investimento, melhores condições de trabalho”, diz.

Michel Amui Sallun também estava participando da manifestação. Ele está no 7º período do curso de Medicina e questiona a formação dos médicos cubanos e a dificuldade de comunicação, pois muitos pacientes precisam passar por outra consulta, com brasileiro, para se informar sobre o estado de saúde. “Estamos apoiando Aécio na expectativa de que faça melhor, de acordo com as propostas feitas aos médicos”, afirma.

O grupo de manifestantes e cabos eleitorais que defendem Aécio Neves permaneceu próximo ao aeroporto até a saída da presidente Dilma.

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