POLÍTICA

Consumo maior de antidepressivos preocupa Prefeitura

Secretaria Municipal de Saúde divulga números de medicamentos entregues pela Farmácia Básica no segundo quadrimestre de 2015.Conforme os dados repassados, neste período foram entregues quase 7 milhões

Publicado em 13/10/2015 às 15:00Atualizado em 16/12/2022 às 21:50
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Foto/Arquivo

Os medicamentos, distribuidos gratuitamente, fazem parte da Farmácia Básica, composta de 135 itens

Secretaria Municipal de Saúde divulga números de medicamentos entregues pela Farmácia Básica no segundo quadrimestre de 2015. Conforme os dados repassados, neste período foram entregues quase 7 milhões de itens e o remédio mais solicitado foi Omeprazol 20 mg, para dores no estômago.

No segundo quadrimestre de 2015, de maio a agosto, foram entregues 6.971.350 itens de medicamentos para 135.157 pacientes atendidos. Os medicamentos fazem parte da Farmácia Básica, composta de 135 itens, e também de alguns programas como o Hiperdia, Tabagismo e Hanseníase.

Na lista dos medicamentos, o mais retirado é o Omeprazol 20 mg, com 737.827 itens dispensados em quatro meses. Em segundo lugar está o Clonazepam 2 mg, com 382.796, seguido do Fluoxetina 20mg, com 379.904.

Diante destes números, de acordo com a chefe do Departamento de Assistência em Farmácia, Ana Vera Abdanur Carvalho Silveira, é possível perceber que houve um aumento no consumo de antidepressivos e medicamentos para dores no estômago, o que levanta a preocupação sobre o uso irracional deste tipo de medicamento. Ana Vera explica que os itens apenas são entregues com receita médica, contudo existem pacientes que procuram o médico dizendo que precisam de antidepressivo, que tomou de outra pessoa e teve um bom resultado, enfim já entra no consultório dependente da medicação. Portanto, a preocupação é o uso irracional.

“Na verdade, esperávamos que a incidência maior fosse de medicamentos relacionados com idade ou hereditariedade, com medicamentos para pressão arterial ou diabetes, mas não é esta a realidade”, relata Ana Vera, lembrando que o estoque da Farmácia Básica, normalmente está abastecido. “Às vezes acontece falta, mas é devido a problemas com o fornecedor”, pontua.

Com relação a Farmácia Especial, em que as faltas de medicamentos são mais constantes, a chefe explica que os trâmites e a burocracia são os mesmos nas duas unidades. Porém, na Farmácia Especial, em que normalmente os itens são entregues por mandado Judicial, os medicamentos são caros e não são todos os distribuidores que participam das licitações devido a obrigação de conceder desconto. “Além disso, a farmácia básica é padronizada, e desta forma é possível ter um planejamento, já na outra, devido aos mandados judiciais, nunca sabemos qual será a próxima prescrição”, afirma.

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