Uma visita às obras paralisadas da fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba foi proposta pela Comissão de Turismo, Indústria, Comércio Cooperativismo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), quando foi aprovado requerimento com essa finalidade.
A proposta é assinada pelos deputados Antônio Carlos Arantes (PSDB), presidente da comissão, Dirceu Ribeiro (PHS), Wander Borges (PSB) e Dalmo Ribeiro Silva (PSDB). Os parlamentares justificam a visita, “tendo em vista o possível comprometimento na viabilização do gasoduto, o que afetaria esse empreendimento de valor para o desenvolvimento econômico estadual, principalmente na produção de fertilizantes”. Recentemente, a ALMG promoveu uma audiência pública sobre a implantação do gasoduto em Uberaba. A construção é necessária para a implantação da fábrica de amônia da Petrobras, que agora não tem previsão para instalação no município.
A estimativa é que a fábrica de amônia da Petrobras esteja 30% pronta. Mas o empreendimento entrou na condição de hibernação pela estatal, que anunciou que vai abrir mão de ativos e investimentos no total de US$42 bilhões até 2018. Segundo a empresa, as obras foram suspensas porque o governo do Estado de Minas Gerais não definiu a sua parte no acordo, que é construir um gasoduto para garantir insumo à fábrica.
A previsão era de que a Petrobras investiria R$1,95 bilhão na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN), que deveria ser entregue em 2017. Para tanto, o governo estadual, por meio da Gasmig, tinha que construir um gasoduto de Queluzito, na região central do Estado, até Uberaba, para levar gás natural à planta. Pelo acordo, o Estado tinha que concluir o gasoduto seis meses antes da inauguração.