Guaritá afirma que não houve erro em dizer que não faltaria água

Apesar dos problemas de abastecimento enfrentados este ano, o presidente do Codau, Luiz Guaritá Neto, afirma que não foi um equívoco declarar no início do ano que a cidade não enfrentaria racionamento em 2014 diante da seca que assolou a região Sudeste.

Guaritá argumenta que a avaliação estava embasada nos dados disponíveis à época e havia consenso entre os climatologistas que o início das chuvas ocorreria normalmente em setembro, mesmo com a estiagem intensa. “A crise em São Paulo começou em fevereiro. Nós resistimos até o fim de agosto sem problemas de abastecimento. Atravessamos período típico de seca, mas o problema é que as chuvas adiaram dois meses e isso nos pegou de calça curta. Porém, até nos últimos 40 dias que foram muito críticos, deixamos de atender apenas 2% da população”, defende.

Por outro lado, o presidente do Codau admite que pode ter sido um erro de avaliação acreditar nas previsões climatológicas sobre o início das chuvas em setembro. “Não teria feito diferente em maio, mas em agosto eu teria sido mais cauteloso”, pondera. Com a chuva registrada ontem, Guaritá destaca que o nível do rio Uberaba teve uma recuperação significativa e a vazão já subiu 30% em apenas um dia. Ele adianta que as previsões para a próxima semana são positivas e o nível dos reservatórios deve ser normalizado. “Isso nos permite dizer que já passamos o pior da crise”, avalia.

Já o prefeito Paulo Piau (PMDB) afirma que o Codau apresentou uma posição técnica no início do ano baseada no histórico das chuvas na região, porém não tinham condições de prever o impacto no El Niño no clima. O chefe do Executivo também pondera que não houve prejuízo ao funcionamento das escolas, unidades de saúde e hospitais durante o período de estiagem, pois os caminhões-pipa garantiram água para que o serviço fosse assegurado.