POLÍTICA

Senador Aécio é afastado do cargo e sua irmã acaba presa em Minas

Também citado na delação do executivo da JBS, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal

Gisele Barcelos
Publicado em 19/05/2017 às 07:35Atualizado em 16/12/2022 às 13:14
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Reprodução

Andrea Neves, irmão de Aécio, é fichada pela polícia em Belo Horizonte

Também citado na delação do executivo da JBS, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi afastado do cargo pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O tucano, que teria aparecido em gravação pedindo R$2 milhões a donos do frigorífico, também teve a prisão solicitada pela Procuradoria Geral da República, mas o pedido foi negado pelo STF.

Ontem, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências do parlamentar em Brasília, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. A operação também culminou na prisão irmã do senador, Andrea Neves, e do primo, Frederico Pacheco de Medeiros. Segundo as investigações, Medeiros recebeu o dinheiro que o empresário Joesley Batista direcionou a Aécio.

Após a repercussão do caso, Aécio anunciou que vai se licenciar da presidência nacional do partido e indicou o nome do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) para assumir de forma interina o comando do ninho dos tucanos. Em nota, o senador posicionou que estará focado na preparação para se defender das acusações feitas à Justiça. "A partir de agora, minha única prioridade será preparar minha defesa e provar o absurdo dessas acusações e o equívoco dessas medidas", continua o texto.

Ainda no comunicado, o tucano diz estar certo de que as investigações mostrarão a "correção" dos atos dele e dos familiares. "Dedicarei-me diuturnamente a provar a minha inocência e de meus familiares para resgatar a honra e a dignidade que construí ao longo de meus mais de trinta anos de vida dedicada à política", encerra a nota.

O deputado Rocha Loures (PMDB-PR), um dos assessores mais próximos do presidente Michel Temer e que teria sido filmado recebendo uma mala de R$500 mil, também foi afastado do cargo a pedido da Procuradoria Geral da República.

Além disso, foram presos uma pessoa ligada a Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador de Eduardo Cunha, e um assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). Outro detido é o procurador da República Ângelo Goulart Vilela, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), suspeito de se infiltrar em investigação relacionada ao frigorífico.

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