Após reação de entidades ligadas ao setor rural, Imperatriz Leopoldinense se manifestou nas redes sociais e descartou ataque ao agronegócio no samba-enredo apresentado para o carnaval 2017 no Rio de Janeiro. ABCZ e Girolando divulgaram notas de repúdio à escola de samba carioca na semana passada.
Por meio das redes sociais, o carnavalesco Cahe Rodrigues posicionou que a Imperatriz Leopoldinense abordou no ano passado a história da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, mostrando a vida do homem do campo e a importância da produção agropecuária da região Centro-Oeste para o abastecimento.
Dessa forma, o carnavalesco argumentou que não houve intenção de atacar o setor rural com o samba-enredo de 2017. “Seria, no mínimo, estranha a nossa posição de exaltarmos o trabalho de produtores rurais num carnaval e criticá-lo no outro [...]. Nunca foi nossa intenção agredir o agronegócio, setor produtivo de nossa economia a quem respeitamos e valorizamos”, continua o texto.
O carnavalesco carioca ainda ponderou que as críticas são apenas à exploração da terra de forma não sustentável, que prejudica a preservação do meio ambiente. “Combatemos, sim, em nosso enredo, o uso indevido do agrotóxico, que polui os rios, mata os peixes e coloca em risco a vida de seres humanos, sejam eles índios ou não, além de trazer danos, em alguns casos irreversíveis, para nossa fauna e flora”, acrescentou.
Além disso, Rodrigues afirmou que o ponto principal do tema deste ano é abordar a importância da reserva do Parque Indígena do Xingu e defender o respeito à população indígena. “Nosso objetivo não é outro senão fazer um alerta sobre os riscos que ainda ameaçam as 16 etnias que ali resistem e, indiretamente, muitas outras espalhadas pela Amazônia [...]. Quando a Imperatriz decidiu levar o Xingu para a Avenida, tinha uma razão muito forte. Ela quer dizer apenas: respeitem o nosso índio e aprendam, com ele, a amar o que chamamos de Brasil”, encerrou.