POLÍCIA

Sem visitas nas celas, detentos se recusam a ir em audiências

A Seap informa que já tem conhecimento das demandas dos custodiados e está avaliando as reivindicações por meio da Susep

Renato Manfrim
Publicado em 17/07/2018 às 08:09Atualizado em 17/12/2022 às 11:37
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Foto/divulgação

Parentes de presos protestando na porta da penitenciária nos fins de semana em que se negaram a entrar para as visitas

Diante da proibição de visitas nas celas, os detentos da penitenciária “Professor Aluízio Ignácio de Oliveira” estão se recusando a comparecer em audiências no Fórum Melo Viana. Segundo familiares dos presidiários, a iniciativa se dá em apoio ao movimento de familiares, que ficaram duas semanas sem fazer visitas como forma de protesto à estrutura oferecida a eles.

Outra forma de protesto adotada pelos detentos é a recusa de sair para os banhos de sol, que acontecem em dias alternados. “Tanto os presos do regime fechado, que ficam entre 8h e 11h, e a outra parte, que fica entre 12h e 16h, não estão saindo para os banhos de sol”, declarou parente de preso.

A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) informa que já tem conhecimento das demandas dos custodiados e está avaliando as reivindicações por meio da Subsecretaria de Segurança Prisional (Susep). A Seap destaca que preza sempre pelo bom atendimento e diálogo com os familiares dos custodiados.

A primeira paralisação dos familiares dos detentos aconteceu na manhã do dia 30 de junho, sábado, quando aproximadamente 50 familiares de detentos da penitenciária, com cartazes em mãos, realizaram protesto em frente do presídio. No primeiro fim de semana de julho, os parentes de presidiários voltaram à entrada da unidade e novamente não entraram para as visitas.

Parentes voltam a entrar no presídio após dois fins de semana de protesto. Familiares de detentos da penitenciária “Professor Aluízio Ignácio de Oliveira” voltaram às visitações no sábado e domingo passados (dias 14 e 15), depois de não comparecerem nos dois fins de semana anteriores. Os parentes de detentos suspenderam as idas ao presídio para reivindicar melhores condições durante a realização das visitas, como assentos, banheiro e bebedouro disponíveis.

Os parentes dos presos contaram à reportagem do Jornal da Manhã que a falta de estrutura continua. “Alguns problemas pioraram, como a dificuldade de ir ao banheiro. Neste fim de semana, eles demoraram para abrir a porta para a gente ir ao banheiro, e quando liberaram, a fila já estava imensa”, disse esposa de detento.

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