POLÍCIA

Bactéria que causou mortes de bebês não é multirresistente, indicam exames

As hemoculturas coletadas nos quatro bebês apresentaram crescimento da bactéria Enterobacter cloacae multissensível

Renato Manfrim
Publicado em 22/03/2018 às 07:34Atualizado em 16/12/2022 às 05:23
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Jairo Chagas

Ontem, várias mães de bebês ainda internados no Hospital de Clínicas buscavam informações junto à unidade

Na tarde de ontem o Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) informou que obteve o resultado de exames de amostras sanguíneas dos quatro recém-nascidos (um do sexo masculino e três do feminino) que morreram na Unidade de Terapia Intensiva neonatal na madrugada da última terça-feira (20).

As hemoculturas coletadas nos quatro bebês apresentaram crescimento da bactéria Enterobacter cloacae multissensível, que não é uma bactéria multirresistente. Desta forma, segundo informações da assessoria de imprensa do HC/UFTM, ficou comprovado que os bebês não foram contaminados pela superbactéria KPC, da qual se suspeitou inicialmente. O HC continua a investigação para identificar a fonte da contaminação. Dos 20 leitos da UTI neonatal do HC/UFTM, 18 estão ocupados. Desse total, dois bebês apresentam presença da bactéria e estão recebendo tratamento para a infecção.

Ainda conforme nota do HC, o episódio de registro da bactéria KPC, ocorrido no ano passado, não atingiu a UTI neonatal e não há nenhum paciente com infecção por esta superbactéria no complexo hospitalar. Não houve novos óbitos. “Por enquanto, a Unidade de Cuidados Intermediários foi adaptada para fornecer oito leitos de apoio à demanda interna (bebês internados em outras unidades do HC que precisem de cuidados intensivos e gestantes já internadas que apresentem trabalho de parto prematuro). Todas as medidas ligadas à higiene e prevenção de infecções estão sendo tomadas, em observância estrita aos protocolos da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares do Hospital de Clínicas. Não houve interdição do HC/UFTM por órgãos sanitários. A decisão por não receber novos pacientes na UTI neonatal, no período, é uma medida interna de precaução”, concluiu a nota.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Uberaba, os fiscais da Visa (Vigilância Sanitária) municipal seguem acompanhando o caso e colhendo resultados que possam nortear a investigação.

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