POLÍCIA

PM flagra abate clandestino de gado em casa do Jardim Maracanã

Polícia Militar prendeu trio acusado de furto e envolvimento com abate clandestino de gado em imóvel do Jardim Maracanã, durante verificação de denúncia feita na manhã de ontem

Elias Santos
Publicado em 21/01/2017 às 08:45Atualizado em 16/12/2022 às 15:36
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Foto/Neto Talmeli

Partes de dois animais estavam sendo manipuladas em varanda de casa, de forma irregular, no Jardim Maracanã, na manhã de ontem

Polícia Militar prendeu trio acusado de furto e envolvimento com abate clandestino de gado em imóvel do bairro Jardim Maracanã, durante verificação de denúncia feita na manhã de ontem. Equipe da Vigilância Sanitária foi acionada para os procedimentos necessários. Espingarda calibre 38, munições, facas e ferramentas utilizadas no abate foram apreendidas. Quase meia tonelada em peças de carne foi recolhida.

Mediante denúncia dando conta de que em uma residência da rua Marivaldo dos Reis Machado estaria ocorrendo abate clandestino de gado, por volta de 8h, policiais militares da 212ª Companhia compareceram ao local para averiguação. No endereço, a equipe foi recebida por M.V.V., 31 anos. Questionado, inicialmente negou as acusações de abate em sua casa. Porém, por uma fresta no muro os militares avistaram uma parte bovina pendurada em uma viga da área de serviço. Ao entrar no imóvel, a equipe se deparou com L.S.A., 45, com uma faca, descarnando. Segundo ele, receberia R$50 para ajudar no descarne.

No local também se encontrava A.F.C.M., 37, que, ao ser indagado, falou que comprou os bovinos do frigorífico local durante a madrugada e que M.V. e L.S. estavam descarnando o animal para ele. Disse ainda que levaria o produto para seu açougue, na avenida Manoel de Melo Rezende. Durante a verificação, A.F. utilizava o celular, enviando mensagens via rede social para uma mulher, “para ela arrumar uma nota fiscal no frigorífico, de duas cabeças de gado”.

Conforme registro policial, em contato com o gerente de um frigorifico, a equipe foi informada de que ele não reconhecia as peças como de origem do estabelecimento onde trabalha. Segundo ele, quando comercializam um bovino, há sempre um carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Mediante as informações, foi acionada a patrulha da Vigilância Sanitária, que esteve no local. Um médico veterinário da equipe confirmou a prática do abate irregular. Novamente questionado, A.F. não apresentou notas de compra da mercadoria. Em buscas, sobre o guarda-roupa de um dos quartos foi localizada uma espingarda calibre 38, com quatro cartuchos intactos, montada e com silenciador, que M.V. assumiu a propriedade.

Do lado de fora da residência havia uma caminhonete Toyota Hilux, de cor prata, placas de São Gotardo/MG que, segundo M.V., pertencia ao seu sogro. A caminhonete estava com a carroceria lavada, porém com resquícios de sangue e suja de lama. No veículo foram encontradas duas cápsulas deflagradas calibre 38, uma corda vermelha e três lanternas.

Diante dos fatos, foi dada voz de prisão, sendo o trio conduzido à delegacia de plantão da Polícia Civil. Além da carabina e munições, foram apreendidos um celular, um machado, quatro facas, um amolador de facas e mais 21 ganchos de ferro para pendurar carnes.

De acordo com o registro policial, as partes já separadas dos bovinos, juntamente com as carcaças e o couro do animal abatido, que possuía siglas do proprietário, foram recolhidas pela equipe da Vigilância Sanitária, que providenciaria o destino conforme lei vigente. A caminhonete Hilux acabou removida ao pátio credenciado.

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