POLÍCIA

Receita envia carga de cigarros ilegal avaliada em R$5 milhões para reciclagem

A Receita Federal de Uberaba encaminhou a Uberlândia duas carretas carregadas com duas mil caixas de cigarros falsificados

Renato Manfrim
Publicado em 29/03/2017 às 07:33Atualizado em 16/12/2022 às 14:20
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Jairo Chagas

Duas carretas lotadas com mais de oito milhões de unidades tiveram como destino a cidade de Uberlândia

A Receita Federal de Uberaba encaminhou a Uberlândia duas carretas carregadas com duas mil caixas de cigarros falsificados, totalizando oito milhões de unidades. Segundo Mauro Luiz de Oliveira, auditor fiscal e delegado da Receita Federal em Uberaba, este carregamento, enviado na manhã de ontem, foi avaliado em torno de R$5 milhões.

Parte deste material foi apreendida no ano passado em uma empresa irregular de fabricação de cigarros no Sul de Minas, e a outra parte dos cigarros, contrabandeados do Paraguai, em uma apreensão da Polícia Rodoviária Federal, que ocorreu próximo a Araxá na semana passada.

Apesar de estes cigarros irregulares terem sido apreendidos na jurisdição de Uberaba, não existe na cidade uma empresa especializada que destine o resíduo deste material adequadamente. Por isso o envio da carga para Uberlândia, onde, após um trabalho de trituramento deste material, será agregado a asfalto ou adubo, ou seja, uma destinação adequada do resíduo.

“A retirada deste material de circulação é o nosso principal objetivo. A gente não sabe a qualidade, como este produto foi fabricado e dos malefícios que ele faria se a população o consumisse. Ele é composto de inúmeras substâncias, a maioria tóxica”, declarou Mauro de Oliveira, delegado da Receita Federal em Uberaba, que ainda complementou que estes cigarros triturados, além de servir como asfalto ou adubo, também podem ser utilizados como escoras, empregadas em locais de risco de desabamento. “A gente deixa de poluir o meio ambiente desta forma.”

Atualmente, o Triângulo Mineiro é considerado uma rota para o contrabando de cigarros. Mas, por meio de um trabalho conjunto da Receita Federal com as polícias Militar, Civil, Rodoviária Federal e Federal, segundo o delegado da Receita, vêm sendo apreendidos grandes carregamentos. “O cigarro é o principal item de apreensão. Mas, além dele, também é frequente a apreensão de eletroeletrônicos, produtos de perfumaria, relógios, entre outros. De acordo com cada produto, a gente dá um tipo de destinação. A maioria é impossível de se fazer doações para instituições carentes justamente por não sabermos a procedência e qualidade”, finaliza o auditor fiscal Mauro Oliveira.

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