POLÍCIA

Adolescente incendeia veículo, espalha artefatos com pólvora e tenta queimar escola em cidade de Minas

O menor de 17 anos afirmou que queria chamar atenção para sua causa e alegou revolta com o Estado, com transgênicos e vacinas

Publicado em 18/06/2019 às 15:42Atualizado em 17/12/2022 às 21:46
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Foto/Wallace Miranda-InterTV

 

Foi apreendido nesta terça-feira (17) um adolescente por promover ataques na cidade de Coronel Fabriciano, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O jovem incendiou um carro em frente à Prefeitura, espalhou artefatos com pólvora na rodoviária e em imóveis da região. O autor dos crimes ainda tentou atacar a própria escola, quando foi preso.

O tenente-coronel Warley Geraldo Silva, comandante do 58º Batalhão da Polícia Militar da cidade esclareceu que a ocorrência começou por volta das 8h, quando os militares foram chamados por conta do carro queimado. Segundo a prefeitura, o veículo pertence a uma servidora.

“Quando a PM chegou, ele não estava mais lá. Enquanto atendíamos à ocorrência e fazíamos o rastreamento, a diretora da escola entrou em contato falando que havia um indivíduo dentro da secretaria danificando computadores, dizendo que colocaria fogo e determinando que as pessoas saíssem da escola”, contou o militar.

O adolescente chegou na escola de moto táxi e entrou afirmando que precisava devolver um livro. Imagens que já circulam pelas redes sociais mostram o momento da apreensão do rapaz, que usava uma touca e estava com o rosto coberto por um pano branco pintado com tinta preta.

“De imediato, a PM chegou e efetuou a apreensão. É um menor de 17 anos que alega revolta com o Estado, com as coisas que acontecem, transgênicos, vacinas”, contou o comandante da polícia local. Segundo ele, o ataque foi apenas a bens materiais e não houve atentado a nenhuma pessoa diretamente. “Ele deixou claro que não queria matar ninguém e apenas chamar atenção para a sua causa”.

Com ele, foi encontrado um caderno no qual ele disse estar a motivação dos ataques. Entre as anotações, há uma reprodução da capa da graphic novel Maus: a história de um sobrevivente, escrita pelo cartunista norte-americano Art Spiegelman, que fala sobre o período do Holocausto. A imagem contém uma suástica, símbolo do nazismo.

Também foram apreendidos pólvora e líquido inflamável. Conforme o tenente-coronel, ele conversou com os policiais normalmente, negou que tivesse algum problema na família e contou que não ia à escola há três semanas. O adolescente também não tinha passagens pela polícia.

*Com informações do Estado de Minas 

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