POLÍCIA

Operação Tanque Cheio prende servidores da prefeitura em Iturama

Foram presos, até o momento, um secretário do governo de Iturama e um administrador de um posto de combustível

Publicado em 21/03/2019 às 08:33Atualizado em 17/12/2022 às 19:14
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Na manhã desta quinta-feira (21), o Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e as Promotorias de Justiça (Gaeco) e a Polícia Militar de Iturama deflagraram a operação Tanque Cheio para o cumprimento de mandados de prisão temporária e de busca e apreensão.

De acordo com informações do Ministério Publico de Minas Gerais, os mandados foram expedidos pela Segunda Vara de Iturama. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária, um contra o secretário municipal de Administração e outro contra o proprietário de um posto de combustível da cidade, e cinco mandados de busca e apreensão na Prefeitura, nas residências dos investigados e no estabelecimento comercial. O secretário municipal de Governo, contra quem também foi expedido mandado de prisão pela Segunda Vara de Iturama, está foragido.

Eles são suspeitos de formarem quadrilha contra o erário e a administração pública, desviando, mediante empenhos e notas fiscais falsas, recursos municipais.

Ainda de acordo com a assessoria, os suspeitos falsificavam documentos para justificar supostos gastos do município com abastecimentos de viaturas policiais. Porém, apesar da existência de convênio, esses abastecimentos nunca ocorreram, porque Iturama possui um posto instalado na sede da Polícia Militar, que abastece as viaturas com recursos oriundos do próprio Estado, e não da Prefeitura.

O promotor José Cícero Barbosa da Silva Júnior, coordenador do Gaeco, contou  que a investigação começou no final de 2018, quando em novembro o prefeito de Iturama, Anderson Golfão (MDB), comentou em um programa ao vivo de rádio que um dos motivos da crise econômica da cidade envolvia a necessidade de abastecer viaturas da PM.

"Essa informação gerou suspeita e então resolvemos apurar. No levantamento de informações, descobrimos que o esquema envolvia havia documentos falsos e também foi confirmado que não houve abastecimentos no posto de combustíveis. Então foram pedidas as prisões temporárias dos secretários e do dono do posto e também os mandados de busca e apreensão", explicou o promotor.

A operação Tanque Cheio apreendeu notas fiscais, notas de empenho, celulares dos suspeitos e, no posto de combustível, R$16 mil em espécie de origem suspeita. As provas colhidas serão analisadas para possível oferecimento de denúncia contra os investigados.

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