Exorcismo acaba em confusão e briga entre "pastor" e adolescente no Abadia

Durante patrulhamento pelo bairro Abadia, na avenida Prudente de Morais, equipe da Polícia Militar (PM) deparou com um tumulto. Um homem, de 47 anos, e um adolescente, de 15 anos, discutiam depois de terem se agredido fisicamente.

Durante averiguação do motivo da confusão, o homem de 47 anos disse que realizava um trabalho espiritual quando um homem, de 54 anos, que caminhava com seu filho, de 15, passou no local e teria feito provocações.

O homem que realizava o trabalho espiritual teria dit “você vai se ver comigo capeta”. Ele garantiu aos PMs que o intuito não seria agredir ao homem de 54 anos. A frase citada, segundo ele, fazia parte do trabalho espiritual.

Porém, o adolescente de 15 anos partiu para cima do homem, agredindo-o com socos no rosto e na cabeça, e ainda o ameaçou de morte.

O homem de 47 anos disse que, mesmo após as agressões, tentou conversar com o menor. O adolescente de 15 anos, então, mais uma vez o agrediu. O homem disse que, para se defender, revidou as agressões.

Abordado pelos PMs, o menor alegou que se encontrava no aniversário de sua filha, momento em que seu pai percebeu o homem realizando um trabalho espiritual em uma mulher e se aproximou. Ao perceber a presença do pai do adolescente, o homem que realizava o trabalho espiritual o teria xingado.

O menor, então, ao ver seu pai ser agredido verbalmente, foi falar com o homem que realizava o trabalho espiritual, tendo iniciado um atrito verbal, que evoluiu para agressão entre ambos. O menor se encontrava com lesões no pescoço e o homem, com um inchaço no rosto.

Uma testemunha disse que o trabalho espiritual era uma espécie de exorcismo. Que uma mulher estaria possuída pelo demônio e que o homem de 47 anos tentava expulsar o demônio do corpo dela. No momento em que outro homem, esse com 54 anos, aproximou-se e começou a ser xingado pela mulher.

Então, o adolescente de 15 anos, ao ver o pai sendo agredido verbalmente, entrou em luta corporal com o homem que realizava o trabalho espiritual.

Tanto o menor quanto o homem responsável pelo trabalho espiritual foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do Parque do Mirante. Após atendimento, ambos foram liberados.