Corpo de pescador desaparecido nas águas do piscinão é localizado

Foto/Jairo Chagas

Momento em que o corpo foi localizado, a poucos metros do local onde teria desaparecido, segundo amigo da vítima

O corpo do pedreiro Esley Junio Ferreira, de 36 anos, foi encontrado nas águas do piscinão (Parque das Acácias), por volta de 16h45 de ontem, por equipe do Pelotão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Pemad),do 8º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM), com ajuda de cães da corporação. 

A vítima havia se afogado no início da madrugada de terça-feira (13), quando pescava no local ao lado de dois colegas. O corpo de Esley foi encontrado a cerca de 10 metros de onde ele teria entrado para, segundo relato de um dos colegas à Polícia Militar, tentar soltar linha que havia ficado presa. Esposa da vítima pediu investigação da Polícia Civil sobre o suposto afogamento.

Após os trabalhos da perícia técnica da PC, o corpo de Esley, que, inicialmente estava sem sinais de violência, foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), em Uberaba, onde seria analisado por legista antes de ser liberado aos familiares.

Homem de 38 anos contou à PM que, além da vítima, estavam ele e outro colega no piscinão no momento do afogamento. Disse ainda que, na noite de segunda-feira (12), a vítima o procurou para pescar, sendo que, por volta de 21h30, se deslocaram, com outro indivíduo, para o piscinão. No início da madrugada de terça-feira, contou que Esley resolveu entrar na água para retirar a linha que estava presa, possivelmente em um galho, mas os dois colegas lhe pediram para não entrar na água, pois seria perigoso.

Disse ainda à PM que a vítima estava bastante embriagada e, após entrar ao local, se deslocou a uma parte mais profunda e, repentinamente, afundou, e não conseguiu mais voltar à superfície. Também alegou que, quando viu o companheiro sumir, entrou em desespero, sendo que depois pegou seus pertences, além de alguns peixes que havia pescado no local, e se deslocou para a sua residência com o outro colega, que também levou alguns peixes. Na manhã de terça-feira os bombeiros encontraram pertences da vítima.

Esposa desconfia de fala de amigo e pede investigação à Polícia Civil. Em entrevista ao Boca no Trombone, programa que vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 17h, na Rádio JM, a esposa da vítima disse que o seu marido nunca havia ido para o piscinão e que não tinha vara de pescar. Disse ainda que o relato do colega do seu marido à PM foi diferente do que ele havia dito para ela. “Eu fui avisada do afogamento ontem [terça-feira], às 14h, por um policial. Ele [colega da vítima] tinha falado para mim que nem no piscinão ele tinha entrado, que ele teria ido buscar uma rede de pesca e sumiu depois. Eu só quero entender o que aconteceu. Eu quero que a polícia investigue realmente o que aconteceu. Ele [colega da vítima] tem que parar de falar mentira”, desabafou. Até o fechamento desta edição não havia solicitação de investigação sobre o caso à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Uberaba. 

Cães foram determinantes para o sucesso da operação dos bombeiros. A reportagem do Jornal da Manhã acompanhou o momento da localização do corpo de Esley, quando um dos cães pulou dentro do reservatório, no mesmo local onde um outro animal dos bombeiros havia dado o sinal. “A gente tem dois animais; fizemos uma passagem com um animal, que apresentou alteração de comportamento em ponto específico, e, ao passar com o outro animal, uma cadela, esta também apresentou alteração de comportamento no mesmo ponto, o que nos indicou que seria o local onde o cadáver poderia ser encontrado. Então, diminuímos a área de busca e, com a ajuda de uma rede de captura, conseguimos encontrar a vítima”, contou o tenente Lopes, do 8º BBM.