O jovem Douglas Reis Silva, 20 anos, desaparecido desde a última segunda-feira (16), foi executado a tiros em matagal à margem da Filomena Cartafina, cerca de 3km de Uberaba
Fotos/Sandro Neves e Reprodução
Polícia Militar e peritos da Polícia Civil chegam ao local onde o corpo foi localizado após execução filmada pelos autores
O jovem Douglas Reis Silva, 20 anos, desaparecido desde a última segunda-feira (16), foi executado a tiros em matagal à margem da avenida Filomena Cartafina, a cerca de três quilômetros de Uberaba. Ele foi encontrado pela Polícia Militar no fim da manhã de ontem, após acionamento dos pais da vítima. O crime foi gravado por um dos suspeitos e o vídeo divulgado em grupos de WhatsApp e enviado à mãe da vítima. Nas imagens, após o crime, aparecem as pernas de dois suspeitos, sendo que um terceiro segurava a câmera, provavelmente de celular.
De acordo com o registro da Polícia Militar, Douglas foi visto pela última vez quando saiu em seu carro, Fiat Palio de placas BBB-4612, para se encontrar com homem já identificado e considerado um dos suspeitos. Depois disso, a vítima não retornou mais à sua casa. O seu veículo continuava desaparecido até o fechamento desta edição.
O vídeo mostra Douglas pedindo aos suspeitos para conversar. Mas, um deles diz algumas vezes para a vítima se ajoelhar e fechar os olhos. “Estou vendo você olhar para trás. Não foge. Ajoelha e fecha o olho”, falou um dos marginais. Depois, a vítima diz: “Por favor, vamos trocar ideia”. E o suspeito responde: “Não quero trocar ideia. Ajoelha e fecha o olho, moleque”. Neste momento, o jovem se ajoelha, abaixa a cabeça, fechando os olhos, e acontece a execução. Seis tiros atingiram a cabeça e o peito da vítima. A PC já está de posse do vídeo e investiga o homicídio.
Segundo registro da Polícia Militar, a mãe e o pai de Douglas, 40 e 39 anos, respectivamente, antes de o corpo da vítima ser localizado, mostraram aos militares o vídeo registrado pelos autores do crime, o qual estava sendo divulgado pelo WhatsApp. Segundo a mãe de Douglas, ela recebeu ligação de orelhão com uma voz de mulher lhe dizend "Estou pensando em sua angústia e eu sei que ele está na Filomena Cartafina, na primeira entrada de terra à direita, antes dos eucaliptos. Vai até o lago e vire à direita, que você vai achá-lo”. Ao ser questionada pelos militares se o seu filho estaria envolvido com drogas ou com algum desafeto, ela respondeu que ele tinha passagens policiais, mas não soube informar se tinha algum inimigo.