CIDADE

Presidente da Federação de Contabilistas apoia extinção da Delegacia da Receita

Gisele Barcelos
Publicado em 29/07/2020 às 19:53Atualizado em 18/12/2022 às 08:18
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Foto/Reprodução

Mauro Sérgio de Melo, presidente da Federação dos Contabilistas do Estado de Minas Gerais

Presidente da Federação dos Contabilistas do Estado de Minas Gerais (Fecom-MG), Mauro Sérgio de Melo concorda com a transformação da Delegacia Regional da Receita Federal em Posto de Atendimento em Uberaba. Para ele, a transformação promove o enxugamento da máquina, com economia de recursos públicos. Além disso, o dirigente classista avalia que não há prejuízos, pois 99% dos serviços são oferecidos de forma eletrônica, pelos canais digitais, na internet. “Não há perda alguma. Sou favorável ao enxugamento da máquina pública”, afirma.

Para ele, a partir do momento em que o governo dá condições para que o trabalho seja feito online, não justifica ter atendimento presencial. “E o Estado ficar abarrotado de servidores, cujos salários são altos e onerosos”, completa. O dirigente diz ainda que, dentro deste contexto, é preciso que sejam asseguradas as condições de trabalho, com reforço nos canais de atendimento para dar retaguarda na prestação de serviço, com retorno das demandas em tempo hábil, tanto por e-mail quanto por telefone.

Ainda de acordo com ele, esta é uma tendência que vem ganhando força. Inclusive, ele revela que, em conversa recente com o subsecretário estadual da Fazenda, foi informado sobre estudo em andamento para a redução de repartições estaduais. Neste sentido, Mauro Sérgio acredita que a cidade também pode perder a Superintendência Regional da Receita Estadual. “É um caminho sem volta”, diz.

No entanto, em Uberaba, dos quarenta servidores da Receita Federal, somente seis permanecem atuando no Posto de Atendimento. Os demais passam a ser lotados em outras unidades federais. Segundo apurou a reportagem, estes servidores não terão os salários reduzidos e ainda receberão abono para realizar as transferências para outras cidades, o que não representará economia aos cofres públicos. Cada um dos 34 servidores que serão transferidos tem média salarial de R$6,5 mil. (DB)

Para líder da classe, a cidade perde em poder de decisão dentro do órgão

O presidente do Sindicato dos Contabilistas de Uberaba, Marcos Antônio Oliveira, também acredita que, a princípio, não há comprometimento na prestação de serviço na Receita Federal.

Segundo ele, o trabalho já está direcionado aos canais digitais em razão da suspensão dos atendimentos presenciais. Porém, uma análise maior deve ser observada no período pós-pandemia, com a retomada dos atendimentos presenciais.

De acordo com ele, a transformação era esperada desde o ano passado e se confirmou oficialmente, não causando estranheza para a entidade sindical. Porém, o dirigente reconhece que a cidade perde o poder de decisão dentro do órgão, que passa a ser subordinado à Delegacia Regional de Uberlândia.

Para ele, o órgão vai buscar caminhos para atender os contribuintes da melhor forma possível, lembrando que o atendimento presencial não pode deixar de existir, mesmo com oferta maior de serviços pelos canais digitais. Ao mesmo tempo, Marcos Antônio diz que há dificuldades em resolver as demandas de forma virtual, por conta das deficiências tecnológicas do próprio órgão. “É um desafio que deve ser superado. A Receita Federal deve buscar mecanismos para manter a qualidade do serviço prestado ao contribuinte em meio a essas mudanças”, conclui.

 

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